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No Rio, 18 das 38 UPPs poderão ser extintas pelo comando da PM

Crise financeira do Estado pode reduzir programa de pacificação nas comunidades; áreas com UPP registram mais de 200 tiroteios em janeiro

Rio de Janeiro|Jaqueline Suarez, do R7 com Estadão Conteúdo

UPP da Cidade de Deus foi recordista em tiroteios em janeiro: 46 notificações
UPP da Cidade de Deus foi recordista em tiroteios em janeiro: 46 notificações UPP da Cidade de Deus foi recordista em tiroteios em janeiro: 46 notificações

Em meio à crise financeira e à escalada da violência no Rio de Janeiro, a Polícia Militar poderá extinguir 18 das 38 UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora). O programa foi implantado a partir de 2008. Nos últimos anos, vem sofrendo com o falta de investimento nas unidades e diminuição do efetivo.

Segundo o comandante-geral da PM, coronel Wolney Dias, a extinção de quase metade das UPPs ainda depende de mais estudos.

— Vários fatores têm de ser levados em consideração: o momento que estamos vivendo, a questão financeira para manutenção do projeto. Aquelas [UPPs] em que não haja um domínio territorial maior talvez possam ter reavaliadas a sua manutenção ou não — declarou Dias, após participar de seminário sobre segurança pública na sede da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro).

A Polícia Militar também discute a blindagem de pelo menos parte de suas viaturas. A intenção é que os para-brisas traseiro e dianteiro dos veículos recebam o reforço no material.

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Tiros em áreas com UPPs

Um levantamento feito pelo aplicativo Fogo Cruzado, que mapeia os disparos de arma de fogo na região metropolitana do Rio, contabilizou 688 tiroteios no mês de janeiro. Em média, foram registrados 22 confrontos por dia, deixando para trás a média registrada no ano passado: 16 tiroteios diários.

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Apenas em áreas com UPP foram 207 ocorrências e as unidades da Cidade de Deus e da Rocinha lideram o volume de registros, com 46 e 23 notificações respectivamente.

Cidade de Deus é lugar com mais tiroteios no Rio

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Nos últimos dias, a Cidade de Deus tem vivido uma rotina de confrontos intensos, que chegaram a interditar a Linha Amarela três vezes nos últimos dez dias. Na quarta-feira passada (31), um dos lideres do tráfico de drogas no local foi morto durante confronto com a polícia.

Já na Rocinha, os tiroteios começaram no primeiro dia do ano e têm sido frequentes desde então. No último dia 25, o conflito na comunidade provocou a morte de um policia militar, um morador foi baleado e até cachorros foram alvejados. No mesmo dia, um ônibus foi incendiado em represália à operação policial na comunidade.

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