No RJ, 15 candidatos foram assassinados em 9 municípios desde o fim de 2015; veja o mapa
Mesmo com série de mortes, Polícia afirma que apenas dois casos tiveram motivação política
Rio de Janeiro|Do R7
Desde o fim de 2015, 15 políticos ou pré-candidatos foram mortos na Baixada Fluminense e na região metropolitana do Rio em nove municípios. Nesses 10 meses, Duque de Caxias foi a cidade com mais casos: três pré-candidatos a vereador morreram. Em dois dias nestas semana, dois casos fizeram a lista crescer. O presidente da escola de samba Portela e candidato a vereador pelo PP, Marcos Falcon, foi morto no seu comitê eleitoral na tarde desta segunda-feira (26). No domingo, José Ricardo Guimarães Costa, conhecido como Capitão Guimarães, foi morto a tiros enquanto fazia campanha em Itaboraí, município da região metropolitana do Rio, na comunidade da Reta Velha. Apesar do alto número de mortes, a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense que investigava os 13 casos que aconteceram na região, afirmou que apenas dois tinham motivação política.
O Tribunal Superior Eleitoral aceitou o pedido do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e concedeu ao Estado do Rio um reforço na segurança durante as eleições municipais, que acontecem no próximo domingo (1). Onze municípios terão o reforço da Força Nacional, do Ministério da Justiça.
Além dos casos dos vereadores no Rio, um candidato a prefeitura de Imtubiara (GO) morreu quando foi atacado durante um comício com o vice-governador de Góias.
Entre os mortos, muitos não são políticos tradicionais. A lista incluiu policiais e empresários que eram suspeitos de estar envolvidos com milícias. Um dos casos que chamou mais atenção foi a morte de Denivaldo Meireles, que foi atacado por homens vestido com roupas oficiais da Polícia Civil na saída de um estacionamento em Duque de Caxias em julho. Conhecido como Denivaldo de Xerém, ele era filiado ao PSDB e, segundo a Polícia, tinha pretensão de se candidatar nestas eleições. Ele está entre os três casos de Duque de Caxias. De acordo com a Polícia Civil, os três casos — que eram tratados como casos de crime político — tem a ver com a uma "máfia do óleo", que roubava combustível da refinaria da Petrobras na cidade.