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Número de policiais militares mortos cai 60% no Rio de Janeiro

A violência contra os agentes do Estado deve aumentar, principalmente pela nova política de segurança do governador Wilson Witzel (PSC)

Rio de Janeiro|PH Rosa, do R7

Governador do Rio carrega caixão de PM morto no Rio de Janeiro
Governador do Rio carrega caixão de PM morto no Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, o número de policiais militares mortos entre os dias 1º de janeiro e 10 de abril de 2019 caiu 60% em relação ao mesmo período de 2018. No ano passado, foram 35 casos registrados de acordo com levantamento do R7 com base nos números da Polícia Militar, enquanto esse ano, foram 14 confirmados pela PM — sendo um provocado por queda de helicóptero e outro pode ter sido crime passional, segundo a Polícia Civil.

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De acordo com o especialista em segurança José Ricardo Bandeira, essa queda tem que ser vista com cuidado e não pode ser comparada com os números do ano passado, já que nas primeiras semanas de 2019, houve muitas mudanças dentro da Polícia Militar devido a troca de governo.

“A polícia ficou numa espécie de letargia até ter a mudança de comando dos batalhões, até se implantar uma nova política de segurança. Então, tudo isso fez com que a polícia ficasse algumas semanas sem a sua ação completa e, logicamente, com menos exposição, temos menos mortes no período.”


Entretanto, para ele, a tendência é que a violência contra os agentes do Estado aumente, principalmente pela nova política de segurança do governador Wilson Witzel (PSC).

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“Então hoje temos uma polícia que parte para o enfrentamento, que foi, inclusive, o projeto de campanha do governador. Uma polícia que parte mais para o enfrentamento vai gerar mais efeitos colaterais, e um deles é a morte de policiais.”

É justamente essa política de enfrentamento, apontada como causa da violência no Rio de Janeiro, que é vista como motivador da queda de mortes neste ano pelo especialista Vinicius Cavalcante.


De acordo com ele, “a criminalidade só respeita aquilo que ela teme”. “Eles respeitam a possibilidade de sofrer a mesma violência que eles levam aos outros. Isso é fato. Além do que os policiais estão se tornando mais cuidadosos, porque assassinar policiais acabou se tornando um rito de passagem para os criminosos.”

Para Cavalcante, este tipo de ação é a solução para o fim da violência contra os policiais.

“As forças de segurança foram mais incisivas no sentido de enfrentá-los. Eles [criminosos] estão morrendo mais, estão sendo enfrentados. Naquela discussão sobre a polícia que mais mata é a polícia que mais morre, o problema é porque nós permitimos a eles chegarem a esse ponto, permitimos a eles acharem que podem caçar policiais na via pública, e isso que está errado.”

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