Operação no Jacarezinho tem ao menos 22 mortos, diz polícia do Rio
Informação foi confirmada pela Record TV Rio; maioria dos mortos seria suspeita de envolvimento com tráfico
Rio de Janeiro|Do R7, com Record TV Rio
Ao menos 22 pessoas morreram durante uma operação da Polícia Civil na comunidade do Jacarezinho, zona norte do Rio, na manhã desta quinta-feira (6). Segundo a corporação, a maioria dos mortos estaria envolvida com o tráfico de drogas.
Além dessas, outra vítima do confronto foi um policial civil que atuava na operação. Em nota, a corporação lamentou a morte do inspetor André Leonardo de Mello Frias, que foi atingido na cabeça durante a ação.
"A Sepol se solidariza com amigos e familiares, e sente muito a dor pela morte do inspetor que teve uma trajetória ilibada na instituição, sendo admirado e respeitado por todos. Ele honrou a profissão que amava e deixará saudade. Mas também deixa o sentimento de que o trabalho não pode parar", diz o comunicado.
O texto continua: "Sempre que as informações de inteligência apontarem locais de paióis e de esconderijo de lideranças criminosas, a Polícia Civil estará presente para cumprir a missão de proteger a sociedade"
Além dos mortos, outras pessoas ficaram feridas com a ação, incluindo dois passageiros do metrô, que foram atingidos quando uma composição passava pela comunidade, próximo à estação Triagem.
De acordo com a assessoria do metrô, os dois foram atendidos e passam bem. Um deles, identificado como Humberto Duarte, de 20 anos, foi baleado de raspão no braço. O outro, Rafael Silva, de 33 anos, foi atingido por estilhaços de vidro. Humberto foi encaminhado para o Hospital Souza Aguiar e Rafael para o Hospital Salgado Filho.
Operação Exceptis
Policiais Civis da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, com apoio de outras unidades do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), do Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), realizam a operação Exceptis, na comunidade do Jacarezinho, na zona norte.
A polícia investiga uma organização criminosa que atua na comunidade, explorando práticas como o tráfico de drogas, roubo de cargas, roubos a transeuntes, homicídios e sequestros de trens da Supervia. Além disso, a quadrilha também vem aliciando crianças e adolescentes para integrar a facção.
Veto do STF
Desde junho do ano passado, as operações policiais estão proibidas no Rio de Janeiro, conforme decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). As autoridades de segurança só podem fazer ações nas comunidades da cidade em "em hipóteses absolutamente excepcionais", desde que com aviso prévio ao Ministério Público.