“Paz virou tormenta”, diz advogada após ser exposta durante ioga no RJ
No vídeo, suspeitos fazem gestos e comentários com conotações sexuais sobre as vítimas. Polícia Civil investiga um ambulante e um comerciante
Rio de Janeiro|Raíza Chaves, do R7*
Após duas amigas terem sido gravadas durante a prática de ioga na Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio, a Polícia Civil investiga um ambulante e um comerciante pela divulgação das imagens. No vídeo, os suspeitos fazem gestos e comentários com conotações sexuais sobre as vítimas.
Em entrevista à Record TV Rio, a advogada Mariana Maduro comentou que a relação com a ioga mudou após a repercussão do caso:
“Entrei em depressão forte no início da pandemia. A ioga me tirou disso e, hoje, quando penso no meu corpo praticando ioga, penso no meu corpo como um objeto sexual. Isso machuca. Agora, a ioga, que era a minha paz, virou uma tormenta. Tenho dificuldade para tomar banho porque encosto no meu corpo e tenho nojo de mim. Fui objeto disso que todo mundo está vendo“, disse.
A advogada ressaltou que o sentimento é de revolta e que perdeu o direito a liberdade, além de se vestir como quiser.
De acordo com a delegada da 12ª DP (Copacabana), Valéria Aragão, as filmagens ocorreram no último sábado (1º) e foram divulgadas em uma rede social denominada “Loja de Militaria”.
Os suspeitos já foram identificados e intimados a prestar esclarecimentos. Ainda segundo Valéria, o comerciante afirmou estar arrependido de ter feito a publicação e que apagou o vídeo das redes sociais.
A delegada disse que o suspeito classificou o caso como “infelicidade”.
Já o ambulante que aparece no vídeo fazendo gestos obscenos em direção às vítimas não foi encontrado no último domingo (2) no local onde costuma vender bebidas. A Polícia Civil acredita que a repercussão do caso tenha intimidado o homem.
*Sob supervisão de Bruna Oliveira