Armas e R$ 22 mil foram apreendidos na operação
Divulgação/ Polícia FederalForam presos dois seguranças do novo vice-líder da maior milícia da zona oeste do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (27), na comunidade de Antares, em Santa Cruz. A organização criminosa é apontada como a responsável pelo ataque a ônibus na cidade, no dia 23.
A ação foi registrada após a morte do miliciano Matheus Rezende, conhecido como Faustão, durante uma operação policial, na comunidade Três Pontes, também em Santa Cruz. Ele era o segundo homem na hierarquia do grupo e sobrinho do líder, Zinho.
As investigações mostram que, após a morte de Faustão, Rui Paulo Gonçalves Estevão, o "Pipito", assumiu seu lugar. Teria partido dele a ordem para os ataques aos transportes públicos na zona oeste — mais de 30 ônibus, estações e um trem foram incendiados.
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A operação conjunta da Polícia Federal e da Polícia Militar prendeu os dois seguranças da milícia em uma residência na comunidade de Antares. No local, foram apreendidas uma pistola e um radiocomunicador que estavam com eles.
A casa utilizada pelo vice-líder da milícia, na mesma região, também foi alvo da ação. Os agentes encontram no imóvel 101 munições de calibre 5.56, seis carregadores de pistola e quatro carregadores de fuzil calibre 5.56, além de R$ 22 mil em espécie.
Os policiais recolheram ainda nove cordões dourados, duas pulseiras douradas e um relógio de luxo; um par de algemas; dois celulares; dois cadernos de contabilidade; e uma bandoleira de fuzil.
Participaram da operação policiais federais da DRERJ (Delegacia de Repressão a Drogas) e do Gise-RJ (Grupo de Investigações Sensíveis e Facções Criminosas), além dos policiais militares da 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar.
Segundo a PF, a participação dos presos na milícia foi revelada após análise de materiais apreendidos e diligências realizadas no âmbito da Operação Dinastia. A ação foi deflagrada em conjunto com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), em agosto do ano passado, com o objetivo de desarticular a organização criminosa.
A Operação Dinastia resultou na expedição de 23 mandados de prisão temporária a suspeitos de integrarem a maior milícia do Rio de Janeiro, que atualmente domina os territórios da zona oeste do Rio. Os investigados são acusados de praticar os crimes de organização criminosa, tráfico de armas de fogo e munições, extorsão e corrupção.