PF faz nova operação contra tráfico de drogas praticado por policiais civis, no Rio

A PF (Polícia Federal) realiza, na manhã desta sexta-feira (20), mais uma operação contra o tráfico de drogas praticado por policiais civis. Ontem, quatro agentes e um advogado foram presos por escoltarem e venderem uma carga de 16 toneladas de maconha.

Cerca de 50 agentes da PF estão nas ruas para cumprir oito mandados de busca e apreensão no Rio e na região dos lagos. A Operação Déjà Vu investiga os crimes de peculato, organização criminosa e tráfico de drogas por parte de outros policiais civis.

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Segundo as investigações, os alvos da ação traficaram cerca de 280 kg de cocaína. Entre os envolvidos estariam um delegado da Polícia Civil, um agente e a irmã de um policial.

O trabalho de apuração começou depois da Operação Turfe, realizada em fevereiro de 2022. Na ocasião, a Polícia Federal monitorava uma carga de 500 kg de cocaína que seria exportada pelo Porto do Rio de Janeiro. A droga estava dividida em 17 malas.

Durante o monitoramento da PF, uma equipe da 25ª DP (Engenho Novo) interceptou, na saída do Complexo da Maré, o caminhão que transportava a droga.

No entanto, na delegacia, os policiais só apresentaram 7 das 17 malas, com 220 kg do material entorpecente.

Depois de uma investigação patrimonial, a PF constatou o envolvimento dos agentes da Polícia Civil, que teriam se apropriado de 280 kg de cocaína.

Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça Federal determinou que os policiais envolvidos usem tornozeleira eletrônica, sejam afastados dos cargos e impedidos de sair do país.

O trabalho de investigação foi feito pelo Grupo de Investigações Sensíveis da PF, com apoio da Delegacia de Repressão a Drogas, do Ministério Público Federal e da Receita Federal. 

Operação Drake

Ao menos quatro carros de luxo e cerca de R$ 65 mil em espécie, além de celulares e documentos, foram apreendidos na operação da Polícia Federal que prendeu quatro policiais civis e um advogado, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (19). Veja no infográfico (abaixo) o resumo das duas operações.

De acordo com as investigações, policiais da DRFC (Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas) abordaram um caminhão que transportava 16 toneladas de maconha em uma rodovia do estado e usaram viaturas da Polícia Civil para escoltar a carga até a Cidade da Polícia, na zona norte da capital, para negociar a liberação da droga.

Os agentes trataram diretamente com o advogado que representava os traficantes e exigiram o pagamento de propina. Após o acerto, o caminhão foi novamente escoltado para a comunidade de Manguinhos, onde a carga foi entregue aos traficantes.

Os mesmos agentes são investigados por outro crime. Eles são suspeitos de exigir o pagamento de R$ 500 mil para liberarem um integrante do tráfico que tinha sido preso. Como a propina deixou de ser paga integralmente, a equipe policial apreendeu 31 fuzis dos traficantes e vendeu 29 armas para uma facção rival. Para justificar a operação, os policiais somente apresentaram dois fuzis apreendidos na delegacia.

*Sob a supervisão de Maria Ferri