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PM youtuber é suspeito de agredir aluna em universidade de Niterói

Em vídeo, Gabriel Monteiro negou as acusações. Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso ocorrido na UFF na última quarta-feira (23)

Rio de Janeiro|Do R7

Polícia investiga caso ocorrido em frente ao DCE da UFF
Polícia investiga caso ocorrido em frente ao DCE da UFF

O policial militar youtuber Gabriel Monteiro é suspeito de agredir fisicamente uma aluna do curso de Arquitetura e Urbanismo em frente ao DCE (Diretório Central dos Estudantes) da UFF (Universidade Federal Fluminense), em Niterói, região Metropolitana do Rio de Janeiro, na noite da última quarta-feira (23).

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Em entrevista ao R7, a estudante, que preferiu não ter o nome divulgado, disse que reconheceu Gabriel Monteiro por um vídeo em que ele chamava a universidade de "cracolândia".

"Me aproximei dele e perguntei se ele era o Gabriel Monteiro. Foi quando ele mandou o assessor começar a me gravar, mas falei que não queria ser filmada", contou ela.


A aluna afirmou ainda que afastou o celular do assessor com a mão, mas o aparelho acabou caindo no chão. Em seguida, o PM segurou Juliana pelo braço e acusou a jovem de danos e desacato.

Em vídeo publicado nas redes sociais, o PM deu outra versão. Gabriel disse, ao lado de duas testemunhas, que passava pelo local quando foi parado por fãs. Ele afirmou que a jovem o abordou com xingamentos e jogou o celular do assessor dele, Rick Dantas, no chão.


Gabriel também negou que estivesse fazendo gravações no momento em que a aluna o "afrontou". Ele confirmou que deu voz de prisão à ela.

O caso foi registrado na 76ª DP (Niterói). De acordo com a delegacia, a estudante prestou depoimento contra a agressão e a captura não consentida da imagem ao lado de um representante do gabinete do reitor da UFF.


Segundo a jovem, dois advogados da OAB-RJ (Ordem de Advogados do Brasil) também a acompanharam ao local. Ela contou que fez exame de corpo de delito e o laudo apontou escoriações e manchas vermelhas na região do braço. 

A Polícia Civil informou que foi realizado um termo circunstanciado de lesão corporal e que as investigações estão em andamento.

Em nota, a universidade repudiou os constantes ataques realizados pelo youtuber Gabriel Monteiro aos membros de sua comunidade interna. A instituição declarou que “as práticas de perseguição, assédio, coação e difamação revelam o caráter autoritário de campanhas de desinformação para finalidades escusas de promoção pessoal pelo ataque à educação superior pública.”

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Por fim, a UFF destacou que irá acionar a Procuradoria Federal para avaliar ações jurídicas contra práticas de perseguição a alunos e à instituição. 

O R7 entrou em contato com o Gabriel Monteiro, via e-mail, mas não obteve resposta até o momento da publicação da reportagem. O espaço está aberto para manifestação.

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