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Polícia Civil diz que monitora delegacias do RJ durante paralisação

Instituição diz que negocia com a categoria que aderiu à paralisação nacional

Rio de Janeiro|Do R7

A Chefia de Polícia Civil do Rio de Janeiro informou nesta quarta-feira (21), por meio de nota, que negocia com representantes da categoria no Estado que aderiu à paralisação nacional de 24 horas de policiais civis. Segundo a Polícia Civil, a cúpula da instituição monitora o funcionamento das delegacias do Estado "a fim de adotar as medidas necessárias para o bom atendimento à população".

Os policiais civis do Rio de Janeiro aderiram à paralisação nacional de 24 horas nesta quarta. Segundo o Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis do Rio de Janeiro), eles mantêm 40% do efetivo trabalhando nas delegacias e postos de serviço. 

A categoria pede reajustes salariais de 80% e a incorporação das gratificações, especialmente a de Delegacia Legal no valor de R$ 850. Para o presidente do Sinpol, Fernando Bandeira, a paralisação é uma forma de pressionar o governo sobre essas e outras reivindicações que já foram enviadas.

De acordo com o Sinpol, durante a paralisação de 24 horas, cerca de 40% do efetivo vai trabalhar em operação padrão, que consiste em priorizar autos de prisão em flagrante e casos de violência e grande ameaça. Em casos de furtos, extravio ou perda de documentos ou objetos, a categoria orienta que a população procure as delegacias após o fim da paralisação.


É possível pré-agendar registros de ocorrência pelo site (www.policiacivil.rj.gov.br) — somente crimes de roubo de carro e homicídio não podem ser pré-registrados.

Às 14h, os grevistas devem se reunir na Cidade da Polícia, no Jacarezinho, zona norte do Rio, para discutir a paralisação. De lá, o grupo deve seguir para o Clube Municipal, na Tijuca, zona norte.


Governo rebate sindicato

Na terça-feira (20), a Seplag (Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão) rebateu as reivindicações da categoria e declarou que já concedeu 123,5% de aumento aos policiais civis, militares, bombeiros militares e inspetores da administração penitenciária durante os sete anos e meio da atual gestão.


De acordo com a Seplag, o aumento está acima da inflação. Em fevereiro deste ano, a secretaria informou que concedeu reajuste de 11,18% para os policiais civis, que seria o dobro da inflação nos últimos 12 meses e beneficiou mais de 133 mil pessoas.

Ainda segundo a nota da Seplag, o Estado reajustou a gratificação Delegacia Legal em 70%, de R$ 500 para R$ 850, triplicou a da Core (unidade de elite da Polícia Civil), de R$ 500 para R$ 1.500, e instituiu uma gratificação de capacitação de R$ 350 para os demais agentes de polícia. Os delegados de polícia teriam recebido aumento escalonado em 2010 de cerca de 70%, além de outros reajustes anteriores menores que somaram 23,8%, totalizando 110,5% de aumento.

Assim, a remuneração média de um inspetor de polícia passou de R$ 2.462 em 2007 para R$ 6.119 em 2014. Os oficiais de cartório passaram a receber R$ 6.887, enquanto antes ganhavam R$ 2.550. Já os delegados têm remuneração média de R$ 20.671, antes era de R$ 10.818.

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