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Polícia Civil realiza operação contra curso preparatório ilegal no RJ e MG

Agentes tentam cumprir nove mandados de prisão e 19 de busca e apreensão em oito municípios; quadrilha pode ter causado prejuízo de R$ 65 milhões

Rio de Janeiro|Lucas Ferreira, do R7*

Mandados foram expedidos em Minas e no RJ
Mandados foram expedidos em Minas e no RJ

A Polícia Civil do Rio de Janeiro realiza na manhã desta terça-feira (21) uma operação com apoio da Polícia Civil de Minas Gerais para prender uma quadrilha que roubava conteúdo de cursos preparatórios. De acordo com as investigações, o prejuízo causado pelo grupo é estimado em R$ 65 milhões.

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Segundo a Polícia Civil fluminense, o grupo quebrava os sistemas de nuvem de cursos preparatórios para provas e roubava as vídeo-aulas e outros arquivos de ensino. Em seguida, a quadrilha disponibilizava em uma nuvem própria o material e cobrava 10% do valor original, que varia entre R$ 500 e R$ 10 mil.

Batizada de Black Hawk, a ação tenta cumprir nove mandados de prisão e 19 de busca e apreensão em oito cidades: Araruama, Niterói, Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, São Gonçalo e Saquarema, no RJ, e Juiz de Fora e Borda da Mata, em MG. Até às 9h da manhã desta terça, três pessoas foram presas, incluindo o chefe do grupo.


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O principal articulador da quadrilha gerenciava as plataformas virtuais com o conteúdo de ensino roubado e usava parentes como laranjas para ocultar o dinheiro ilícito. As investigações apontam que o chefe do grupo teria ganho cerca de R$ 500 mil em operações na bolsa de valores, segundo relatório da Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

Outro mecanismo utilizado pelo líder da quadrilha para dificultar o rastreio do dinheiro com a fraude dos cursos seria manter os bens comprados nos nomes dos vendedores. Empresas fantasmas também foram ligadas ao principal alvo da operação.


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Em nota, a Polícia Civil informou que a quadriha cometia crimes na área há cerca de 20 anos e que os clientes do grupo identificados podem responder por receptação, com pena de até quatro anos, além da desclassificação em uma eventual aprovação em algum concurso. Já os integrantes da quadrilha irão responder por, associação criminosa, furto qualificado, lavagem de dinheiro e violação de direito autoral.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Ingrid Alfaya

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