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Polícia e MP faz ação contra esquema financeiro de facção

Ações de facção apontada como a maior do Rio de Janeiro movimento cerca de R$ 200 milhões em um ano; Operação cumpre 25 mandados de busca

Rio de Janeiro|Do R7

Ação é realizada pelo MP e Polícia Civil
Ação é realizada pelo MP e Polícia Civil Ação é realizada pelo MP e Polícia Civil

A Polícia Civil e o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) iniciaram, na manhã desta quinta-feira (17), a Operação Overload 2, que busca combater um complexo esquema de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas do Comando Vermelho, apontado como a maior facção criminosa do Estado.

A ação busca cumprir 25 mandados de busca e apreensão em cinco estados e dez cidades.

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Segundo as investigações, foram identificadas inúmeras negociações de vendas de armas e drogas pela organização, com diversas contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas envolvidas na transação.

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Relatórios de Inteligência Financeira foram solicitados ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e a Justiça autorizou quebra de sigilo fiscal de dez pessoas físicas e 35 empresas envolvidas no esquema que movimentou, em cerca de um ano, mais de R$ 200 milhões.

Com a análise dos dados, a Polícia Civil conseguiu desvendar um elaborado esquema que tentava fazer com que os ganhos do Comando Vermelho parecessem legais. Entre as principais atividades da facção, estão o tráfico de drogas, compra e venda de armas de fogo e munições, roubos de carga e veículos, roubo a estabelecimentos comercias e instituições financeiras, entre outras.

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A investigação apontou ainda que os criminosos utilizavam contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas para efetuarem depósitos de altos valores e, posteriormente, realizarem retiradas dessas contas como se fosse receita licitamente obtida, buscando efetuar a prática da lavagem do dinheiro obtido com a realização dos crimes.

As contas de empresas utilizadas na atividade criminosa ficavam situadas nos Estados do Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, sendo que algumas delas sequer possuíam sede própria ou funcionários cadastrados.

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Ainda de acordo com as investigações, as contas citadas apresentavam uma diferença “abissal” entre as rendas declaradas e movimentações financeiras, que chegavam a centenas de milhões de reais ao ano.

As contas bancárias e demais investimentos das empresas e indiciados identificados foram bloqueadas e o valor arrecadado está sendo verificado junto às instituições financeiras, cujo perdimento foi solicitado à Justiça.

Primeira fase da investigação

Na primeira fase da operação, a investigação desarticulou financeiramente a facção criminosa, apontada como responsável pelas recentes disputas de território no Rio de Janeiro. Também nesta fase, foram condenados 61 traficantes da alta hierarquia do Comando Vermelho, incluindo lideranças que continuavam agindo e controlando o tráfico de dentro de presídios federais.

Segundo as investigações, Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, é o líder da facção. Abaixo dele está o traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, dono do tráfico de todas as favelas comandadas pela facção na Baixada Fluminense. Ambos estão presos no Presídio Federal de Segurança Máxima de Catanduvas, no Paraná.

Elias atua por meio do traficante identificado como Criam, preso no Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio. É ele quem, segundo as investigações, compra drogas e armas e envia ordens às comunidades da Baixada, sendo também responsável por controlar a parte financeira e repassar parte do lucro à família de Elias Maluco.

De acordo com as investigações, somente na Baixada Fluminense, o faturamento mensal de algumas localidades chega a R$ 7,2 milhões e cerca de 20% do lucro é destinado às lideranças.

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