A Polícia Civil concluiu o segundo inquérito contra o médico anestesista Andres Eduardo Oñate Carrillo e o indiciou por estupro de vulnerável e exercício ilegal da profissão. De acordo com as investigações da DCAV (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima), quando o estupro ocorreu, em 2020, ele ainda não tinha registro no Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro).
No início da semana, Andres já havia sido indiciado por estupro de vulnerável em outro inquérito. Este inquérito apurou um abuso ocorrido em fevereiro de 2021 no hospital Clementino Fraga Filho, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Na época, ele era residente e não poderia ter atuado como anestesista.
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A DCAV investiga um terceiro caso. Além dos estupros, os policiais também encontraram mais de 20 mil arquivos com imagens de abuso sexual envolvendo crianças e adolescentes. O material incluía até bebês com menos de um ano de vida.
Registro suspenso
Nesta quinta-feira (26), o Cremerj suspendeu o registro profissional do anestesista. De acordo com o conselho, foi aplicada uma interdição cautelar no colombiano e, com isso, ele fica temporariamente impedido de exercer a medicina no país.
A decisão foi tomada após uma plenária extraordinária de conselheiros. A cassação definitiva do registro só será definida ao fim do processo que o Cremerj abriu, seguindo os ritos do Código de Processo Ético-Profissional.