Polícia investiga se Flordelis sofreu tentativa de extorsão
A deputada disse que recebeu ligações de uma pessoa que se identificou como policial civil e pediu dinheiro para interferir nas investigações do assassinato
Rio de Janeiro|Da Agência Brasil
A DHNSGI (Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí) investiga, em inquérito sigiloso, telefonemas recebidos pela deputada federal Flordelis (PSD-RJ) de uma pessoa que teria se passado por policial.
Leia mais: Em carta, filho de Flordelis acusa irmão de mandar matar pastor
A deputada disse que recebeu ligações de uma pessoa que se identificou como policial civil e pediu dinheiro para interferir nas investigações do assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo.
Flordelis disse ter procurado a Polícia Federal no último dia 30 para denunciar as tentativas de extorsão e outras ligações em que disse ter sofrido ameaças. A parlamentar acrescentou que entregou as gravações dos telefonemas aos agentes federais.
A Polícia Civil informou que a Delegacia de Homicídios desconhece a declaração da deputada à Polícia Federal e que nunca foi procurada pela parlamentar para comunicar tais fatos, que foram verificados pela Polícia Civil por meio de apuração própria.
Procurada pela Agência Brasil, a Polícia Federal não se pronunciou até o fechamento desta reportagem.
Assassinato
O assassinato do pastor Anderson do Carmo aconteceu na casa do casal, em 16 de junho, após ele chegar de carro na companhia da mulher. Anderson foi atingido por tiros na garagem da casa, quando retornou ao carro para buscar algo que tinha esquecido.
A Polícia Civil realizou a reconstituição do crime entre a noite de sábado (21) e a madrugada de domingo (22), em uma simulação que teve a colaboração de Flordelis e de familiares da vítima. De acordo com a Secretaria de Polícia Civil, 13 pessoas participaram da reconstituição
Na semana passada, policiais estiveram em quatro endereços da deputada e apreenderam celulares, computadores e documentos em busca de informações que possam ajudar a elucidar o crime.
Dois filhos do casal, Flávio dos Santos Rodrigues e Lucas dos Santos de Souza são réus no processo e cumprem prisão preventiva, decretada em agosto pela 3ª Vara Criminal de Niterói.