Polícia prende 10 milicianos em megaoperação contra milícia do RJ
Delegacias realizam ação para prender criminosos, além de fechar comércio clandestino e apreender produtos falsificados
Rio de Janeiro|Do R7, com Record TV Rio
A Polícia Civil realiza, nesta quarta-feira (21), uma megaoperação contra a milícia que atua na capital e Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Em Itaguaí, na Baixada Fluminense, um dos responsáveis por assassinatos e cobranças de taxas ilegais foi preso.
Segundo a polícia, ele é ligado ao chefe do grupo na região, Márcio Cardoso Pagniez, conhecido como "Marcinho Bombeiro". O preso atuava no bairro de Andrade de Araújo, em Belford Roxo.
Além dele, o criminoso Bruno Lima Luiz, vulgo "Bruninho do João XXIII", também foi preso pelos crimes de roubo majorado (com aumento de pena), estupro e associação criminosa.
Bruno faz parte da milícia do "Zinho", tendo como área de atuação a localidade conhecida como João XIII, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio.
A ação da DGPE (Delegacias do Departamento Geral de Polícia Especializada) e da Draco (Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais) ainda está em andamento. Até às 11h, a polícia confirma um total de 10 presos.
Outras delegacias também prestam apoio às investigações e diligências.
Outras ações
Hoje, a operação tem como objetivo prender milicianos, asfixiar as fontes de renda e interromper comércios e serviços ilegais, que geram lucro fruto da exploração da organização criminosa.
Outras delegacias do Rio, como a Decon (Delegacia do Consumidor) e a Desarme (Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos), fecharam dois depósitos de gás clandestinos explorados pelo miliciano Tandera e provedores ilegais de internet explorados pela milícia. Além dos locais, estabelecimentos comerciais que comercializam produtos piratas e TVs Box também foram fechados.
Crimes investigados
A milícia que atua no estado é investigada pela cobranças irregulares de taxas de segurança e de moradia, bem como a exploração de serviços ilegais como a instalação de centrais clandestinas de TV a cabo e de internet, armazenamento e comércio irregular de botijões de gás e água, parcelamento irregular de solo urbano, exploração e construções irregulares, areais e outros crimes ambientais.
Além destes, também são investigados o transporte alternativo irregular, a comercialização de produtos falsificados, contrabando, lavagem de dinheiro, entre outras ilegalidades.
Esta é mais uma operação para prender integrantes do grupo ligado à Tandera, possível sucessor de Ecko.
Nesta segunda (19), a Polícia Civil também realizou uma ação contra o milicianos em Manguariba, em Paciência, na zona oeste do Rio, que terminou com um criminoso morto e outro detido.