A Polícia Civil faz, na manhã desta sexta-feira (2), uma operação contra a milícia que atua em Curicica e na comunidade do Terreirão, na zona oeste do Rio. Seis suspeitos foram presos até agora, mas outros mandados ainda estão sendo cumpridos e o número deve aumentar.
O grupo é chefiado pelo Leandro Xavier da Silva, de 28 anos, miliciano conhecido como Playboy da Curicica. Ele foi preso quando passeava com uma caminhonete de luxo, na última terça-feira (30). Um mandado de prisão também foi cumprido contra ele no presídio.
A ação visa cumprir 10 mandados de prisão e 39 de busca e apreensão contra criminosos que atuam na região.
A Operação "Perdeu Playboy" é um desdobramento de uma ação da Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas) de maio deste ano. Na época, o Setor de Inteligência da Draco recebeu uma denúncia de que o miliciano Playboy da Curicica, seguranças e comparsas estavam em uma boate na Barra da Tijuca.
Ao se aproximarem da boate para prender os milicianos, o PM Marcos Roberto França Júnior, apontado como segurança de Playboy, simulou uma confusão na entrada da boate, efetuando disparos de arma de fogo com o intuito de chamar a atenção dos agentes e possibilitar a fuga dos criminosos.
Na ocasião, o policial foi preso em flagrante, sendo apreendidos dois veículos, sete armas de fogo, três granadas, carregadores e munições, além de telefones celulares e cadernos com anotações da contabilidade do grupo paramilitar. Uma nova ordem de prisão contra o policial militar está sendo cumprida na data de hoje.
Com o prosseguimento das investigações, a polícia identificou, entre os comparas de Playboy, Osmar da Silva de Souza, o Novinho do Terreirão, líder do grupo paramilitar na Comunidade do Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes, além do chefe de segurança da boate Albano Pereira Marinho Neto, o Neto, que recolheu algumas armas dos milicianos, escondendo-as em outro local da boate.
Também há mandado de prisão e de busca e apreensão contra o guarda municipal Rodrigo César Oliveira de Rezende. Policiais foram até a sede do órgão em São Cristóvão, na zona norte, para cumprir mandados de busca e apreensão contra Rodrigo.
A ação é comandada pela Draco (Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas) e conta com o apoio da 41.ª DP (Tanque) e da Corregedoria da Polícia Militar.
*Estagiário do R7, sob supervisão de Raphael Hakime