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Polícia vai investigar médica que assinou declaração de óbito de enteada envenenada

Delegado disse que há divergência em depoimento sobre motivo de corpo não ter sido encaminhado para perícia no IML

Rio de Janeiro|Márcio Mendes*, do R7, com Felipe Batista, da Record TV Rio

Cintia Mariano é acusada de envenenar enteados
Cintia Mariano é acusada de envenenar enteados

A Polícia Civil vai investigar se a médica que fez a declaração de óbito de Fernanda Cabral, de 22 anos, cometeu o crime de falso testemunho. A madrasta Cintia Mariano foi indiciada nesta quinta-feira (7) pelo envenenamento da jovem e do irmão dela, que sobreviveu.

Em entrevista à Record TV, o delegado Flávio Rodrigues informou que a profissional emitiu o documento apontando que a causa da morte foi natural. Com isso, o corpo da jovem, que morreu no dia 27 de março, não passou pela perícia do IML (Instituto Médico-Legal), como ocorre em casos de mortes suspeitas. 

Ainda de acordo com Flávio Rodrigues, em depoimento, a médica afirmou ter consultado o chefe de plantão sobre o assunto e que ele a informou que não havia a necessidade de encaminhar o cadáver ao IML.

No entanto, o médico citado também prestou depoimento e desmentiu a profissional. Ele disse que a médica responsável fez a declaração de óbito de Fernanda por conta própria, sem consultá-lo. 


"Vamos instaurar outra investigação para apurar o possível crime de falso testemunho ou falsa perícia desta médica que atestou o óbito", disse o delegado. 

Segundo familiares da jovem, quando Fernanda esteve internada, a equipe médica não fechou um diagnóstico sobre o caso. Na ocasião, a morte não foi tratada como suspeita, e, por isso, o corpo não havia sido encaminhado para a perícia no IML.


As investigações sobre o crime só começaram cerca de dois meses depois, quando o irmão de Fernanda, apresentou sintomas parecidos, como tontura e enjoo, após ter comido um feijão preparado pela madrasta. A partir das informações, a polícia pediu a exumação do corpo da jovem e confirmou que ela foi envenenada.

Segundo o delegado, Cintia Mariano vai responder por homicídio qualificado, por emprego de veneno, e por tentativa de homicídio qualificado. Somado as penas, a acusada pode ficar 20 anos presa. 

*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira

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