Policiais militares são suspeitos de sequestrar traficantes na Baixada
Investigações da Polícia Civil apontam que dois PMs e um terceiro homem também mantinham comerciantes e empresários em cárcere privado
Rio de Janeiro|Lucas Ferreira, do R7* com Record TV Rio
A Polícia Civil fez uma operação na manhã desta segunda-feira (17) para desarticular uma quadrilha que sequestrava comerciantes, empresários e traficantes da Baixada Fluminense. Dois policiais militares foram presos e um terceiro suspeito está envolvidos nas ações do grupo.
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Batizada de Sequestro S.A., a ação cumpriu dois mandos de prisão contra os militares e um mandado de busca e apreensão contra o terceiro suspeito. As investigações do caso iniciaram após a denúncia de uma vítima do grupo à 64ª DP (São João de Meriti).
A Polícia Civil aponta que o grupo tinha um padrão em suas ações: eles sequestravam as vítimas, faziam compras com seus cartões de crédito, saques em caixas eletrônicos e, por fim, pediam o dinheiro do resgate às famílias.
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A quadrilha, de acordo com as investigações, intimidava os parentes dos sequestrados para evitar que eles fizessem denúncias à Polícia Civil.
Segundo informações da Record TV Rio, os dois policiais são ligados à UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Jacarézinho, unidade na qual um policial militar foi preso em flagrante na última quinta-feira (13) suspeito de participação um sequestro.
Em nota, a Polícia Militar demonstrou apoio à ação e ressaltou que disponibilizou equipes para atuar na operação que levou a prisão dos dois policiais (leia abaixo a nota na íntegra).
Os policiais militares e o terceiro suspeito, se preso, responderá por organização criminosa e extorsão mediante sequestro.
"A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro esclarece que a Corregedoria da Corporação disponibilizou duas equipes da 3ª Delegacia Polícia Judiciária Militar (DPJM) para atuar na operação que resultou na prisão de dois policiais militares, realizada em conjunto com a Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e Ministério Público do Rio Janeiro . Ambos estão acautelados na Unidade Prisional da Polícia Militar (UP-PMERJ), onde cumprirão prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça.
A Corregedoria da Polícia Militar acompanhará o inquérito a cargo da 64ª DP (São João de Meriti) para instaurar Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD), caso fique comprovado o envolvimento dos policiais na atividade criminosa."
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*Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa