O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) prendeu nesta segunda-feira (6) o policial civil Fabrini Costa Alves durante uma operação que cumpre mandados de busca e apreensão em 11 endereços ligados a ele. Ele foi denunciado por crimes de lavagem de dinheiro, agiotagem e fraude à licitação.
De acordo com a denúncia, Fabrini dissimulou a utilização de bens e valores obtidos por infrações penais, adquiriu, recebeu, negociou e transferiu a propriedade de bens em Bom Jesus do Itabapoana, no noroeste do estado.
As investigações apontaram que o policial era sócio de inúmeras empresas, possuía veículos de luxo e morava em uma casa de alto padrão localizada no centro da cidade. Assim, ele esquematizou uma série de ilegalidades ao longo de dez anos, com objetivo de aumentar seu patrimônio, incompatível com seu salário de policial civil.
Ainda segundo o MP, boa parte das empresas do agente e de seus parentes - que teriam sido manipulados - era considerada de fachada.
Conversas interceptadas com autorização da Justiça revelaram a aproximação de Fabrini com políticos da região. Também foi identificada uma graduação do policial em Medicina por uma universidade privada de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, mas, segundo as investigações, foi verificada uma incompatibilidade geográfica e temporal entre o curso de turno integral e a atividade como policial civil.
No ano em que teria iniciado a universidade, em Itaperuna, no norte fluminense, ele estava trabalhando em Italva, Campos dos Goytacazes e Bom Jesus do Itabapoana, municípios distantes da faculdade.