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'Por que mataram um inocente?', diz esposa de mototaxista morto

Edvaldo Viana, de 41 anos, levou um tiro no ombro durante abordagem policial na Cidade de Deus, zona oeste do Rio

Rio de Janeiro|Rafael Nascimento* , do R7, com Record TV Rio

Mototaxista Edvaldo Viana
Mototaxista Edvaldo Viana Mototaxista Edvaldo Viana

"Por que vocês mataram um inocente"? A pergunta foi feita por Mírian dos Santos, esposa do mototaxista Edvaldo Viana, após saber da morte do marido em uma abordadem policial. "Mais uma vez um trabalhador perdendo a vida", confrontou a mulher da vítima. 

Em entrevista à Record TV Rio, Mírian disse que soube do ocorrido pela irmã. Ela contou que estava na igreja, onde tinha ido após o trabalho. "Trabalhador, honesto, não é traficante, não é morador da Cidade de Deus. Endereço fixo na Gardênia", desabafou .

Edvaldo Viana tinha 41 anos e morreu na noite desta terça-feira (18) em um dos acesso à Cidade de Deus, na zona oeste do Rio de Janeiro. 

Além de Edvaldo, o passageiro que estava com ele durante a corrida, ainda não identificado, também foi atingido e morreu. Segundo a Polícia Militar, o mototaxista teria desobedecido a ordem de parada e os agentes suspeitaram que o segundo ocupante da moto fosse "puxar" uma arma da cintura.

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As vítimas foram socorridas no Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, mas segundo o Ministério da Saúde, ambos chegaram em óbito na unidade.

Cápsula do tiro que atingiu o mototaxista no ombro, segundo o enteando Paulo Henrique
Cápsula do tiro que atingiu o mototaxista no ombro, segundo o enteando Paulo Henrique Cápsula do tiro que atingiu o mototaxista no ombro, segundo o enteando Paulo Henrique

O enteado de Edvaldo, Paulo Henrique, também deu entrevista para Record TV Rio. Ele disse que foi reconhecer o corpo do padrasto e viu a marca de tiro.

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"Tiro no ombro [...] Eu quero saber o que vai ser feito a respeito disso tudo? Se vai ser mais uma vítima, se vai entrar para as estatísticas...".

No Balanço Geral Manhã Paulo Henrique mostrou a cápsula da bala que atingiu seu padastro e afirmou que "atiraram nele pelas costas". 

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Protesto

Nas redes sociais, circulam vídeos do local, conhecido como Giro da Cebolinha, na avenida Tenente-Coronel Muniz de Aragão, embaixo da Linha Amarela, em que os policiais aparecem arrastando os corpos das vítimas. Os moradores da região chegaram a fechar a via pouco depois do ocorrido.

Equipes do Batalhão de Polícia de Choque estiveram no local. A via foi interditada e se formou um congestionamento na região. Ao longo da noite, o protesto se intensificou e as pessoas colocaram fogo na avenida.

Em nota, a Polícia Militar informou que os agentes do 18° BPM (Jacarepaguá) envolvidos na ação foram ouvidos na Delegacia de Homicídios da Capital e um fuzil da equipe foi recolhido para perícia. Ainda segundo as informações, o secretário Rogério Figueredo de Lacerda determinou que a Corregedoria da Corporação apure a ação.

*Estagiário do R7 sob supervisão de Thiago Calil

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