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Professores da UFRJ protestam por melhores condições; UFF aprova estado de greve

Ato ocorreu nas escadarias do Ministério da Fazenda, no centro da capital fluminense

Rio de Janeiro|Da Agência Brasil

Professores cobram mais verbas e melhores salários (Tânia Rêgo/Agência Brasil - 19.04.2024)

A ADUFRJ (Associação de Docentes da Universidade Federal do Rio de Janeiro) organizou, nesta sexta-feira (19), um ato por salários, mais bolsas de pesquisa e melhores condições de trabalho.

Sob o lema de “Eu amo a UFRJ”, os manifestantes estenderam faixas e balões coloridos nas escadarias do Ministério da Fazenda, na avenida Presidente Antônio Carlos, no centro do Rio.

“O ato cumpriu o propósito de fazer uma manifestação pública em defesa da universidade, indicando que ela é um espaço importante para a construção de um Brasil mais solidário, com produção científica e acadêmica”, disse a presidenta da associação, Mayra Goulart.

Segundo os professores, a UFRJ tem um orçamento que não cobre os gastos do cotidiano da universidade, os salários de terceirizados estão atrasados, serviços de manutenção e limpeza deficientes e obras paradas.

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Além disso, as instalações apresentam problemas graves de manutenção e sistema elétrico precário.

Os manifestantes também cobram mais bolsas de pesquisa, bandejões abertos e ampliação de alojamentos, para garantir que os estudantes consigam permanecer nos cursos.

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“O próximo passo agora é aguardar a mesa de negociação e analisar a proposta do governo, para decidir sobre novas estratégias. Acreditamos em uma nova proposta do governo federal e a gente espera que seja algo que contemple, de alguma forma, os anseios da categoria”, explicou Mayra.

UFF em greve

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Nesta quinta-feira (18), os professores da UFF (Universidade Federal Fluminense) aprovaram uma greve com início para o dia 29 de abril. A assembleia terminou com 239 votos favoráveis e 138 contrários.

Os debates ocorreram de forma descentralizada, com participações simultâneas nos campus de sete cidades do estado: Niterói, Rio das Ostras, Friburgo, Campos, Pádua, Angra e Volta Redonda.

Até o dia 29, a categoria decidiu se manter em estado de greve. Entre as muitas pautas, foram destacados a necessidade de aumento no orçamento da universidade, melhorias na assistência estudantil, estrutura, cotas para docentes negros e indígenas, e bolsas automáticas.

“Foi muito importante esse movimento para lidarmos com os próximos desafios. Queremos nos somar aos professores do ensino superior e mobilizar todas as nossas bases, e pautarmos a reestruturação da carreira e a recomposição salarial. Vamos juntos, docentes, discentes e técnicos construir essa greve. E esperamos que todos se unam nessa luta pela educação e pelo serviço público federal”, disse a professora Maria Cecília Castro, presidente da Aduff (Associação dos Docentes da UFF), em vídeo postado nas redes sociais da instituição.

Com a decisão, a universidade vai aderir ao movimento nacional liderado pelo Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), que teve início na última segunda-feira (15).

No estado do Rio de Janeiro, professores do Cefet-RJ (Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca) já tinham decidido aderir à greve a partir do dia 2 de maio.

Na Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) e na UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), os docentes estão mobilizados em estado de greve.

Em todo o país, o Andes informa que docentes de 24 instituições federais estão em greve e que há indicativos de greve em outras 11 instituições.

Nesta tarde, está marcada uma reunião entre representantes dos sindicatos e membros do Ministério da Educação e Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, para uma nova rodada de negociação.



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