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"Que não fique impune", diz mãe de jovem morto após abordagem da PM

Dois policiais militares envolvidos no caso estão presos. Vídeo flagrou momento em que agente disparou tiro de fuzil contra rapazes em moto

Rio de Janeiro|Do R7, com RecordTV Rio

Os corpos dos jovens mortos após uma abordagem policial foram enterrados nesta segunda-feira (14) no Cemitério Municipal de Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

Corpos foram enterrados em Belford Roxo
Corpos foram enterrados em Belford Roxo Corpos foram enterrados em Belford Roxo

A mãe de uma das vítimas, Renata Santos, disse que os amigos foram assassinados covardemente e cobrou justiça para o caso. 

"Torturados e assassinados covardemente. Interromperam a vida do meu filho, um rapaz bom e alegre. Que isso não fique impune. Que eles apodreçam na cadeia. Que sejam expulsos da corporação. Que não voltem a matar outros jovens", disse à Record TV Rio.

Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que um PM usou um fuzil para disparar contra Edson de Souza Júnior, de 20 anos, e Jordan Luís de Oliveira Natividade, de 17, no último sábado (14). O vídeo mostrou ainda que as vítimas foram agredidas com chutes durante a revista e, em seguida, colocadas na viatura. Horas depois, os jovens foram encontrados mortos com sinais de tortura.

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Os familiares iniciaram uma investigação após o sumiço dos amigos. Os parentes encontraram as imagens, mas não o registro na delegacia da região. E, por isso, buscaram o batalhão onde os PMs trabalhavam.

Os dois policiais envolvidos na ação tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça. No documento, o juiz Rafael de Almeida Rezende destacou que há fortes indícios de que os policiais mataram as vítimas para encobrir uma abordagem malsucedida.

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Em depoimento, o soldado que participou da abordagem negou ter atirado e disse ter liberado os jovens após verificar que ambos não tinham passagens pela polícia. 

O porta-voz da PM, major Ivan Blaz, disse que a corporação está colaborando com as investigações e que a conduta dos militares "não foi pertinente".

A Polícia Civil já apreendeu duas pistolas e dois fuzis que estavam com os agentes. As armas serão encaminhadas para perícia. Os investigadores querem ouvir um motorista que foi abordado antes dos jovens na tentativa de colher mais informações que possam ajudar a esclarecer o caso. 

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