A Defensoria Pública do Rio de Janeiro enviou ao Colégio Franco-Brasileiro, em Laranjeiras, zona sul do Rio, uma recomendação de medidas administrativas e pedagógicas para reparar os danos sofridos pela comunidade escolar após o caso de racismo praticado por estudantes da instituição contra a aluna Ndeye Fatou Ndiaye, de 15 anos. A ação é uma iniciativa do Nucora (Núcleo contra a Desigualdade Racial) e da Coordenadoria de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente.Leia também: Imagens mostram agressão contra médica na zona norte do Rio No documento, a defensoria ressalta a necessidade de enfrentamento do colégio contra todas as faces do racismo e de combate a toda e qualquer forma de discriminação contra grupos vulneráveis. Segundo o órgão, sanções disciplinares devem ser aplicadas contra os “responsáveis pelas agressões racistas e misóginas que vitimaram dentre outras pessoas a adolescente Ndeye Fatou Ndeaye”. Em maio, a menina sofreu ataques racistas de outros alunos do colégio Franco-Brasileiro, por meio de um aplicativo de mensagem. Entre as ofensas, um dos estudantes sugeriu a venda dela pela internet. O colégio tem cinco dias para responder quais as providências iniciais adotadas conforme a determinação da Defensoria. Procurada pelo R7, a direção da instituição disse que os fatos mencionados ocorreram foram do colégio e do ambiente virtual, que é gravado. Além disso, afirmou que vai aceitar todas as recomendações das autoridades. *Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa