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Rio: PM é condenado a 52 anos de prisão por chacina de Costa Barros

Thiago Rezende Viana Barbosa foi um dos policiais envolvidos na morte de cinco jovens. Carro em que vítimas estavam foi atingido por mais de 100 tiros

Rio de Janeiro|Lucas Ferreira, do R7*

Jovens morreram durante ataque, em 2015
Jovens morreram durante ataque, em 2015

O TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) condenou na madrugada desta sexta-feira (13) o policial militar Thiago Rezende Viana Barbosa a 52 anos e seis meses de prisão pelo assassinato de cinco jovens, em Costa Barros, zona norte do Rio de Janeiro, em 2015. O tribunal também decidiu retirar o cargo público do militar.

Segundo a denúncia enviada ao TJ-RJ, Thiago é o policial militar que tampa a câmera de segurança de uma oficina mecânica que filmava a ação dos agentes públicos. Pelo menos 100 balas foram disparadas contra o carro onde estavam os cinco jovens mortos.

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Durante o julgamento foram ouvidas cinco pessoas que testemunharam diferentes momentos da ação dos policias. O primeiro depoimento foi de um jovem que estava em uma moto atrás do carro atacado pelos militares.

Em seguida, a irmã de uma das vítimas foi ouvida e afirmou que foi impedida pelos policias de se aproximar do carro. A jovem disse durante o julgamento que sua mãe viu o momento em que PMs colocaram uma arma de brinquedo ao lado da roda do carro.


O terceiro depoimento foi do pai de uma das vítimas. Ele teria chegado ao local logo após a morte dos jovens e confirmou a presença da arma de brinquedo, além de uma luva suja de sangue na traseira do veículo.

O quarto ouvido foi um major da Polícia Militar que na época do incidente era o comandante da companhia responsável pelo ataque a tiros. O PM sustentou a versão apresentada pela defesa de que os ocupantes do carro teriam atirado contra a patrulha.


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Por fim, foi ouvido um perito contratado pela defesa de Thiago, que afirmou que os tiros foram disparados de um viaduto e não da arma dos policiais presentes na ação.


Além de Thiago, condenado por homicídio duplamente qualificado e fraude processual, outros dois policiais julgados culpados pela morte dos cinco jovens. Um quarto PM, que também estava no momento do crime, foi inocentado das acusações.

*Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa

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