RJ: 1.544 presos foram soltos após audiência de custódia no Grande Rio
Dados divulgados pelo Ministério Público do Rio são das audiências feitas entre os meses de janeiro e abril de 2019; presos relataram tortura
Rio de Janeiro|Matheus Nascimento, do R7*
O MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro), por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais, divulgou um estudo realizado em parceria com o Centro de Pesquisas, mostrando que 1.544 presos ganharam liberdade após a audiência de custódia no Grande Rio entre os meses de janeiro e abril deste ano.
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No ano de 2019, com os dados relativos até o mês de abril, e levando-se em conta as três Centrais existentes no estado (Benfica, Volta Redonda e Campo dos Goytacazes), os casos de Tráfico de Drogas respondem pela maior número de audiências de custódia realizadas (3.250), seguidos por Roubo (1.548), Furto (1.253), Presença de Arma de Fogo (1.087), Receptação (434), Lei Maria da Penha (394), Contra a Vida Tentado (118) e Contra a Vida Consumado (82), com 7.013 custodiados do sexo masculino e 422 do feminino – sendo 44,4% deste total já com alguma anotação criminal e 6,0% com uma ou mais passagens anteriores por audiências de custódia.
Diante do juiz, os presos relataram terem sofrido agressões e tortura no momento da prisão.
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Em janeiro, 67 pessoas que foram detidas e levadas para o presídio de Benfica, na zona norte do Rio, unidade que é uma espécie de triagem do sistema prisional no Grande Rio, relataram sofrer tortura quando foram presas por agentes da polícia.
Em fevereiro, o número diminuiu para cinco, mas em março saltou para 48 e em abril diminuiu novamente para 36 casos.
*Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa