RJ dá início a projeto de segurança e ocupa Jacarezinho
Operação conta com 1.300 policiais civis e militares e deve cumprir 42 mandados de prisão na comunidade da zona norte
Rio de Janeiro|Do R7, com Record TV Rio
O Governo do Rio de Janeiro iniciou, nesta quarta-feira (19), o projeto Cidade Integrada, com a ocupação permanente da comunidade do Jacarezinho, na zona norte do Rio. A ação conta com 800 policiais militares e 500 civis.
No início da manhã, os agentes já ocupavam o Jacarezinho e outras comunidades próximas, como Manguinhos, Bandeira II e Conjunto Morar Carioca.
Além da ocupação, os agentes pretendem realizar 42 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão de adolescentes.
De acordo com a Polícia Militar, participam da ação agentes do COE (Comando de Operações Especiais) e da CPP (Coordenadoria de Polícia Pacificadora).
Em sua rede social, o governador Cláudio Castro disse que, com a operação, "damos início a um grande processo de transformação das comunidades do estado do Rio".
O projeto
A favela do Jacarezinho é a primeira a receber o projeto Cidade Integrada que, além da ocupação policial, conta com projetos urbanísticos e sociais.
O projeto foi anunciado ano passado e, segundo Castro, as ações de hoje vão servir de modelo para outras comunidades.
"Foram meses elaborando um programa que mude a vida da população levando dignidade e oportunidade. As operações de hoje são apenas o começo dessa mudança que vai muito além da segurança."
Com 40 mil habitantes, a comunidade foi palco da operação considerada a mais letal da cidade, em maio do ano passado, que durou cerca de oito horas e terminou com 28 mortos, entre eles um policial civil.
Muzema
Agentes de segurança também ocupam a região da Muzema, na zona oeste do Rio, área dominada pela milícia. De acordo com a PM, equipes do CPAm (Comando de Polícia Ambiental) e do 2º Comando de Policiamento de Área - que conta com batalhões das Zonas Oeste e Norte da cidade - atuam na retomada do complexo, que inclui ainda as comunidades da Tijuquinha e Morro do Banco.
Na região, a PM informou que as ações vão focar no combate ao comércio ilegal de gás de cozinha, crimes ambientais e construções irregulares.