RJ: defensoria vai buscar reparação para pais de Ágatha Felix
O caso está sendo investigado pela DH-Capital (Delegacia de Homicídios) da Capital, que realizou uma reconstituição do caso na última terça-feira (1)
Rio de Janeiro|Agência Brasil
A DPRJ (Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro) informou nesta sexta-feira (4) que vai representar, extrajudicialmente e judicialmente, os pais da menina Ágatha Felix ,que morreu após ser atingida por um tiro no último dia 20 de setembro, no Complexo do Alemão, zona norte do Rio.
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O órgão afirmou que vai buscar a "reparação moral e material devida aos familiares da menina."
Vanessa Sales Félix e Adegilson Lima, pais de Ágatha, foram recebidos na quinta (3) pelo Nudedh (Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos) da DPRJ, após encaminhamento da Comissão de Direitos Humanos da seccional fluminense da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Ágatha Félix, de 8 anos, foi baleada quando estava em uma kombi com a mãe, na comunidade da Fazendinha. A Polícia Militar falaram que houve confronto entre policiais e traficantes. Já os familiares de Ágatha e o motorista da Kombi afirmaram que não houve tiroteio.
A menina chegou a ser socorrida e levada para uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) no Alemão, e depois transferida para o Hospital Getúlio Vargas, onde foi operada durante cinco horas. Ágatha não resistiu aos ferimentos e morreu no dia 21 de setembro.
O caso está sendo investigado pela DH-Capital (Delegacia de Homicídios) da Capital, que realizou uma reconstituição do caso na última terça-feira (1). Apenas três policiais militares, dos 11 convidados a participar, colaboraram.
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Denúncia
O governador, Wilson Witzel, disse que será apurada "com rigor" uma denúncia de que PMs teriam entrado no Hospital Getúlio Vargas para tentar obter a bala que atingiu a menina e causou sua morte.
Em nota, a Polícia Militar informou que a conduta dos PMs "em relação ao triste episódio" é objeto de apuração de Inquérito Policial Militar. A PM afirmou ainda que "a presença de policiais militares em unidades de saúde checando e colhendo informações sobre a entrada de vítimas de disparos de arma de fogo faz parte das rotinas de atuação das equipes durante o serviço."
Já a Polícia Civil informou que ainda "não há nada nos autos" do inquérito sobre suposta tentativa de ocultamento de provas.