RJ: Polícia investiga participação de traficantes em sumiço de meninos
Lucas, Alexandre e Fernando estão desaparecidos há mais de duas semanas em Belford Roxo, na Baixada Fluminense
Rio de Janeiro|Mariene Lino, do R7*
A DHBF (Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense) investiga a participação de traficantes no desaparecimento dos meninos Lucas Matheus, de 8 anos, Alexandre da Silva de 10, e Fernando Henrique, de 11 anos, que sumiram no dia 27 de dezembro em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.
Segundo a polícia, a suspeita surgiu após um intenso levantamento de informações pela delegacia e depois que familiares das crianças apontaram a participação de um suspeito no desaparecimento na terça-feira (12).
O homem foi agredido por populares na comunidade Castelar, onde as crianças moram, e levado à DHBF.
Os familiares das crianças entregaram aos policiais um telefone celular que armazenava vídeos de pornografia infantil, mas os agentes confirmaram que o homem, sem antecedentes criminais, não tem relação com o caso.
Mesmo assim, ele foi preso em flagrante por possuir fotografia ou vídeo de cunho pornográfico envolvendo criança ou adolescente.
Além disso, a polícia afirma que traficantes da região incitaram a população a incendiar um ônibus em frente à DHBF na terça, em protesto ao desaparecimento das crianças. Três pessoas suspeitas de atear fogo no coletivo foram presas por policiais da 54ª DP (Belford Roxo).
Os agentes da especializada estiveram em um apartamento onde as crianças poderiam estar na quarta-feira (13), mas não localizaram os meninos nem encontraram pistas.
As investigações continuam e a polícia reitera que quaisquer informações que possam ajudar no caso sejam comunicadas pelo número (21) 98596-7442.
O caso
Os primos Lucas Matheus, de 8 anos, Alexandre da Silva, de 10, e o colega Fernando Henrique, de 11 anos, desapareceram há cerca de 18 dias após saírem para brincar em um campo de futebol próximo de casa, no bairro Castelar, em Belford Roxo.
Desde então, foram feitas diversas buscas pelos meninos, sem sucesso.
Os familiares também têm recebido muitas informações falsas sobre o paradeiro das crianças por telefone e redes sociais.
*Estagiária do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira