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RJ: policiais teriam lucrado R$ 1 milhão em propinas, diz MP

Operação resultou na prisão do delegado da Polícia Civil Maurício Demétrio nesta quarta (30)

Rio de Janeiro|Da Agência Brasil

Um grupo formado por policiais civis teria lucrado pelo menos R$ 1 milhão de comerciantes de roupas, que tinham de pagar propinas para não serem investigados. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (30) por integrantes do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), após operação que resultou na prisão de um delegado de polícia supostamente envolvido no esquema.

Segundo os promotores, havia uma cobrança semanal de R$ 250 a 40 lojistas situados na tradicional Rua Teresa
Segundo os promotores, havia uma cobrança semanal de R$ 250 a 40 lojistas situados na tradicional Rua Teresa Segundo os promotores, havia uma cobrança semanal de R$ 250 a 40 lojistas situados na tradicional Rua Teresa

Segundo os promotores, havia uma cobrança semanal de R$ 250 a 40 lojistas situados na tradicional Rua Teresa, no município de Petrópolis, ponto conhecido pela venda de roupas a preços baixos, muito procurado por revendedores de confecções.

A Operação Carta de Corso foi deflagrada nas primeiras horas da manhã, para cumprir oito mandados de prisão preventiva e 19 de busca e apreensão. O alvo era um grupo que atuou dentro da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial, da Polícia Civil, de março de 2018 a março de 2021.

O grupo, segundo a investigação, seria formado por dois núcleos. Um atuava ameaçando lojistas e recolhendo a propina e outro usava ilegalmente a estrutura da Polícia Civil para reprimir os lojistas que se recusavam a pagar os valores exigidos. Nessas diligências, os policiais teriam forjado provas e produzido laudos falsos.

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A Polícia Civil informou que sua corregedoria já tem procedimentos abertos sobre o caso e que solicitará informações ao MP sobre a operação de hoje para juntar às investigações.

O principal alvo foi o delegado Maurício Demétrio, ex-titular da DRCPIM. Ele foi preso em sua residência, um condomínio de alto padrão, na Barra da Tijuca, onde foram apreendidos um total de R$ 240 mil em espécie, além de três carros de luxo blindados.

Enquanto era conduzido para a sede da chefia da Polícia Civil, o delegado falou rapidamente com a imprensa. Ele alegou que o dinheiro era fruto de uma herança e que estava declarado em seu Imposto de Renda. Disse também que somente dois dos carros eram seus e que ambos estavam comunicados à Corregedoria de Polícia.

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