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RJ: presos dizem que diretor permite entrada de celulares em cadeia

Detentos gravaram vídeo mostrando mais de 30 celulares em cela da unidade Romeiro Neto, em Magé, na Baixada Fluminense. Seap investiga gravações

Rio de Janeiro|Lucas Ferreira, do R7*

Vídeo mostra celulares, dinheiro e drogas
Vídeo mostra celulares, dinheiro e drogas Vídeo mostra celulares, dinheiro e drogas

Detentos da unidade prisional Romeiro Neto divulgaram um vídeo onde mostram celulares, drogas, bebidas alcoólicas, dinheiro e até sanduicheira em suas celas. Segundo os autores da gravação, os objetos entram na penitenciária com ajuda da direção do local.

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Durante o vídeo é possível ver mais 30 aparelhos celulares no chão de uma das celas. Os presos, com os rostos cobertos, dizem que a nova direção tentou fazer algo que eles chamam de “massacre”.

“Achou que nós 'tava' fraco aqui? Essa direção que ia entrar ia deixar nós no massacre? Olha como a direção deixou tudo nessa fanfarra aí”, diz um dos detentos enquanto mostra diversos aparelhos celulares.

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De acordo com parentes dos presos, a atual direção da unidade Romeiro Neto estaria deixando os detentos sem comida, água e energia para intimidar os internos do presídio.

O R7 questionou a Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) sobre a denúncia de abusos contra os detentos e a participação de agentes penitenciários e da diretoria na facilitação da entrada de objetos como aparelhos celulares, mas não recebeu retorno sobre estes assuntos.

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“Tudo ele [direção] que deixa nós assim 'arregado' (com fartura). Quem achou que ele não ia deixar? Se enganou. A direção deixa nós tudo assim”, diz o preso ao final do vídeo.

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Em nota, a Seap declarou que está trabalhando pra bloquear a entrada de objetos ilícitos em suas unidades e que está tentando ”identificar os responsáveis pelos fatos narrados no vídeo” (leia abaixo a nota na íntegra).

“A Secretaria de Estado de Administração Penitenciaria (SEAP) não vem medindo esforços para bloquear a entrada de objetos ilícitos nas unidades prisionais, para impedir a comunicação de presos com o mundo exterior. Isso tudo faz parte de uma herança maldita encontrada quando a nova direção assumiu a Seap. Fato é que, a operação asfixia, iniciada desde a gestão do secretario Alexandre Azevedo de Jesus, já apreendeu desde o início desse ano, 3.034 celulares, 1,137 chips, 18 roteadores, dois radiotransmissores, 23,912 papelotes de cocaína, 11.927 de haxixe, 25.802 papelotes de maconha, 66 comprimidos de ecstasy e 230 anabolizantes. A respeito da unidade Romeiro Neto, em Magé, todas as providências estão sendo tomadas para identificar os responsáveis pelos fatos narrados nos vídeos.”

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*Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa

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