Detentos da unidade prisional Romeiro Neto divulgaram um vídeo onde mostram celulares, drogas, bebidas alcoólicas, dinheiro e até sanduicheira em suas celas. Segundo os autores da gravação, os objetos entram na penitenciária com ajuda da direção do local.
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Durante o vídeo é possível ver mais 30 aparelhos celulares no chão de uma das celas. Os presos, com os rostos cobertos, dizem que a nova direção tentou fazer algo que eles chamam de “massacre”.
“Achou que nós 'tava' fraco aqui? Essa direção que ia entrar ia deixar nós no massacre? Olha como a direção deixou tudo nessa fanfarra aí”, diz um dos detentos enquanto mostra diversos aparelhos celulares.
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De acordo com parentes dos presos, a atual direção da unidade Romeiro Neto estaria deixando os detentos sem comida, água e energia para intimidar os internos do presídio.
O R7 questionou a Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) sobre a denúncia de abusos contra os detentos e a participação de agentes penitenciários e da diretoria na facilitação da entrada de objetos como aparelhos celulares, mas não recebeu retorno sobre estes assuntos.
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“Tudo ele [direção] que deixa nós assim 'arregado' (com fartura). Quem achou que ele não ia deixar? Se enganou. A direção deixa nós tudo assim”, diz o preso ao final do vídeo.
Em nota, a Seap declarou que está trabalhando pra bloquear a entrada de objetos ilícitos em suas unidades e que está tentando ”identificar os responsáveis pelos fatos narrados no vídeo” (leia abaixo a nota na íntegra).
“A Secretaria de Estado de Administração Penitenciaria (SEAP) não vem medindo esforços para bloquear a entrada de objetos ilícitos nas unidades prisionais, para impedir a comunicação de presos com o mundo exterior. Isso tudo faz parte de uma herança maldita encontrada quando a nova direção assumiu a Seap. Fato é que, a operação asfixia, iniciada desde a gestão do secretario Alexandre Azevedo de Jesus, já apreendeu desde o início desse ano, 3.034 celulares, 1,137 chips, 18 roteadores, dois radiotransmissores, 23,912 papelotes de cocaína, 11.927 de haxixe, 25.802 papelotes de maconha, 66 comprimidos de ecstasy e 230 anabolizantes. A respeito da unidade Romeiro Neto, em Magé, todas as providências estão sendo tomadas para identificar os responsáveis pelos fatos narrados nos vídeos.”
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*Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa