Moradores da favela da Rocinha, nos bairros da Gávea e de São Conrado, na zona sul do Rio, estão sem luz desde a manhã desta terça-feira (1º), depois que tiros atingiram transformadores de energia nas áreas da Roupa Suja e Dionéia.
A Light informou que um trecho foi restabelecido, mas alguns clientes estão sem energia há mais de 24 horas. A concessionária afirmou que está "trabalhando para substituir o equipamento e restabelecer a energia”.
Nesta terça (1º), homens do Batalhão de Choque da Polícia Militar foram atacados por suspeitos na região conhecida como Roupa Suja, na parte alta da favela. Houve um tiroteio intenso e disparos de armas pesadas, principalmente fuzis, que atingiram transformadores e cabos de média tensão da concessionária de energia.
Como o clima era de insegurança, as equipes da Light não conseguiram fazer os reparos necessários. A empresa só conseguiu normalizar o serviço em algumas ruas.
A autoestrada Lagoa-Barra ficou interdita por aproximadamente 30 minutos por motivo de segurança. De acordo com a Polícia Militar, não houve prisões ou feridos no conflito.
O policiamento na comunidade da Rocinha é reforçado diariamente com as tropas de elite da Polícia Militar desde setembro do ano passado, após a guerra entre as quadrilhas de Antonio Bonfim Lopes, o “Nem da Rocinha”, e de Rogério Avelino de Souza, o “Rogério 157”, que lutam pelo domínio do tráfico de drogas na comunidade.
Devido aos tiroteios diários, as Forças Armadas foram chamadas pelo governo do Rio para atuar na comunidade. Depois de uma semana de ocupação, os militares deixaram a área e o patrulhamento ficou a cargo da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha, com reforço das tropas de elite da corporação.