Saiba quem é Doca, chefão do CV investigado por execuções de crianças
Criminoso é procurado pela polícia e apontado como responsável por mais de 100 homicídios, além do desaparecimento de moradores
Rio de Janeiro|Do R7, com Estadão Conteúdo

O Disque-denúncia recebeu 148 ligações com relatos sobre a facção criminosa Comando Vermelho, nos Complexos do Alemão e da Penha, depois do aumento da recompensa por informações que levem a polícia a capturar Edgar Alves Andrade, de 55 anos, mais conhecido como Doca ou Urso.
Considerado de altíssima periculosidade pelo sistema prisional, o criminoso é apontado como o chefe do tráfico de drogas no Complexo do Alemão, zona norte da cidade. A recompensa é de R$ 100 mil.
Quem é Doca?
De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), Doca é a principal liderança do Comando Vermelho no Alemão e em outras comunidades da zona oeste do Rio, como Gardênia Azul, César Maia e Juramento.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) denunciou Doca e outras 66 pessoas pelo crime de associação para o tráfico.
Três deles também foram denunciados por tortura. Ele é investigado por mais de 100 homicídios, incluindo execuções de crianças e desaparecimentos de moradores.
Havia 34 mandados de prisão em aberto contra o traficante, de acordo com dados do Banco Nacional de Medidas Penais e Prisões (BNMP).Doca é apontado como o mandante da execução de três médicos na zona sudoeste do Rio em outubro de 2023.
As vítimas foram mortas por engano porque um deles foi confundido com o verdadeiro alvo dos criminosos. Em maio deste ano, o MPRJ denunciou Doca, e outros dois criminosos pelo ataque a uma delegacia em Duque de Caxias.
Segundo as investigações, o criminoso teria ordenado a invasão à unidade, no dia 15 de fevereiro de 2025. Eles respondem por tentativa de homicídio qualificado, dano qualificado, tortura e associação para o tráfico.
Os criminosos tentavam resgatar Rodolfo Manhães Viana, o Rato, preso horas antes da invasão por tráfico e associação para o tráfico, na Comunidade Vai Quem Quer. Armados com fuzis e granadas, os criminosos invadiram a delegacia, feriram dois agentes e torturaram um deles em busca de informações sobre o paradeiro de Rato, que já havia sido transferido para a Polinter na Cidade da Polícia.
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