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"Se não houver rendição, tem de eliminar, tem de matar", diz Witzel

Governador defende que a polícia dispare caso não haja rendição; ele ainda voltou a defender o uso de helicópteros em operações nas favelas

Rio de Janeiro|Matheus Nascimento, do R7*

Governador Wilson Witzel, em entrevista coletiva
Governador Wilson Witzel, em entrevista coletiva

Após um atirador de elite do Bope (Batalhão de Operações Especiais) atingir o sequestrador que fez 37 pessoas reféns na Ponte-Rio Niterói, na terça-feira (20), o assunto virou tema de debate nas redes sociais, principalmente após o governador Wilson Witzel desembarcar na via de um helicóptero celebrando o desfecho da ação.

Leia mais: Certa ou errada, morte não deve ser comemorada, dizem especialistas

Em entrevista à revista Época, Witzel afirmou que “A polícia tem de chegar para prender, se não houver rendição, tem de eliminar, tem de matar”.

Logo após o sequestrador ser morto e os reféns serem salvos, o governador disse que o ideal era que todos saísses vivos. “Mas preferimos salvar os reféns”.


A presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), a deputada estadual Renata Souza (PSOL), repudiou a celebração do governador.

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“Ninguém quer ver um filho morto. Por isso, qualquer tipo de celebração é uma postura inaceitável. Não comemoraremos nenhuma tragédia", disse Renata.


Helicópteros sobrevoando favelas

Na entrevista à revista, o governador do Rio voltou a defender que a polícia use as aeronaves nos confrontos com os traficantes. “O helicóptero é o terror dos narcoterroristas”. As mortes em confronto com a polícia aumentaram 49% em julho, em comparação ao mesmo mês de 2018.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Celso Fonseca

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