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Secretário diz que vai recorrer de liminar que suspende volta às aulas

Renan Ferrerinha afirmou que a ação encabeçada pelo Sepe afeta diretamente crianças carentes: "escola é lugar seguro", disse

Rio de Janeiro|Rafael Nascimento, do R7*

O secretário municipal de Educação do Rio, Renan Ferreirinha, se posicionou contra a decisão liminar que impede o retorno das aulas municipais previstas para esta segunda-feira (5) e afirmou que irá recorrer da decisão. A liminar de caráter provisório foi determinada pelo juiz do plantão do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), Roberto Câmara Lace Brandão.

O secretário Renan Ferreirinha é contra a suspensão de aulas presenciais
O secretário Renan Ferreirinha é contra a suspensão de aulas presenciais

Em uma rede social, o secretário afirmou que a ação encabeçada pelo Sepe (Sindicato Estadual dos Professores de Educação do Rio de Janeiro) afeta diretamente as crianças carentes.

"Onde estão as nossas crianças agora? Onde ficam quando seus pais não têm onde deixá-las? As mais pobres, onde estão? A resposta é dura: muitas estão nas ruas, nos sinais, na informalidade. Precisamos entender que para a maioria, a escola é o lugar mais seguro que pode existir", escreveu.

Renan Ferreirinha ainda reforçou que o retorno às aulas presenciais está embasado em critérios cientifícos e citou uma recomendação da Prefeitura do Rio.


"O Comitê Científico da Prefeitura do Rio recomenda que a "escola deve ser a última a fechar e a primeira a reabrir". E é exatamente isso que está sendo feito, após 10 dias de medidas mais restritivas", afirmou.

O secretário comentou também sobre a vacinação, lembrando que na cidade os professores e mais profissionais da Educação estão no grupo prioritário de imunização.


Renan também disse que a decisão é "repleta de erros grosseiros". Entre os apontamentos, o parlamentar pontua que o texto cita que seria possível a circulação de 644 mil alunos e 52 mil profissionais da Educação na volta às aulas, o que de acordo com o secretário se trata de uma informação falsa, já que não é cogitada a circulação de toda a comunidade escolar de forma simultânea. 

"O protocolo prevê rodízio de alunos para garantir distanciamento, redução do turno das escolas para evitar o uso do transporte público em horários de pico, etc. Além disso, o retorno é facultativo para os alunos e pessoas do grupo de risco devem permanecer somente no remoto", esclaresce.


No final, Renan reitera ainda que a prioridade são os alunos mais novos e mais vulneravéis à falta do ensino presencial.

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"Sabemos o quanto os alunos, principalmente os mais novos, que estão sendo priorizados, necessitam do ensino presencial. Defender a Educação não pode ser discurso vazio, mas sim descruzar os braços, escolher prioridades e enfrentar os problemas reais".

*Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa

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