O prefeito de Campos dos Goytacazes, Wladimir Garotinho, declarou o fechamento total da cidade, após 100% da ocupação de leitos de covid-19, tanto do serviço público quanto do privado. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (19) em uma reunião do Gabinete de Crise para conter o avanço da pandemia.
Faltam leitos para atender pacientes com covid-19
Reprodução/ Prefeitura de CamposA medida englobará comércio, restaurantes, bares e academias e passa a valer a partir deste sábado (20). No município, 17 pessoas, incluindo quatro crianças, aguardam na fila de espera por vagas na UTI.
Com isso, até mesmo atividades essenciais terão restrições, como a proibição da entrada de crianças menores de 10 anos e idosos e a redução do horário de funcionamento e da capacidade máxima nesses estabelecimentos. O decreto oficial com todos os detalhes do fechamento sairá até a noite desta sexta.
Na reunião do Gabinete de Crise, estavam o prefeito, o vice-prefeito, Frederico Paes, e representantes do comércio no município, além de promotores, defensores públicos, vereadores, profissionais de saúde, dirigentes de hospitais particulares, Polícia Militar, entre outros.
De acordo com o último boletim da prefeitura, Campos registrou 409 novos casos e oito mortes por covid-19 apenas na última quinta. No total, a cidade do Norte Fluminense contabiliza 786 mortes desde o início da pandemia. Entre cerca de 510 mil habitantes, já foram vacinados aproximadamente 29 mil pessoas no município.
Em relação à falta de equipamentos, a Prefeitura de Campos teria tentado comprar 40 mil bloqueadores neuromusculares, além de respiradores, sem sucesso. De acordo com o prefeito, o governo estadual enviou cerca de 400 unidades.
Já sobre uma nova remessa de respiradores, o governador em exercício, Cláudio Castro, ainda não se manifestou.
Também nesta sexta (19), Claudio Castro anunciou que vai abrir mais 450 leitos para tratamento de pacientes com covid-19 no Estado. Cerca de 150 vagas serão disponibilizados na rede federal e outras 300 serão oferecidas na rede privada, mas custeadas pelo governo estadual.
*Estagiária do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira