Sequestrador de ônibus no Rio se escondeu na Rocinha e deveria estar com tornozeleira eletrônica

O criminoso identificado como Paulo Sergio Lima, de 30 anos, preso por fazer 16 passageiros reféns na rodoviária do Rio de Janeiro, tinha assaltado uma van na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, dois dias antes do sequestro do ônibus.

Segundo o delegado Mário Jorge, da 4ª DP (Centro), após o assalto, o criminoso tentou se esconder na Rocinha, também na zona oeste, mas foi expulso da comunidade por traficantes.

Em seguida, ele embarcou em um ônibus com destino à Juiz de Fora na rodoviária do Rio. O objetivo do criminoso era tentar fugir. Mas após o embarque o motorista do ônibus detectou uma pane no sistema e desceu do veículo. Foi quando o sequestrador decidiu fazer os passageiros reféns porque pensou que tivesse sido encontrado pela polícia. Durante o crime, duas pessoas foram baleadas, e o Paulo acabou preso.

O sequestrador já respondia por outros crimes. De acordo com a Seap (Secretaria de Administração Penitenciária), Paulo Sérgio deveria usar tornozeleira eletrônica por ter sido condenado a nove anos e quatro meses de prisão em regime fechado pelo assalto a um ônibus em abril de 2019, no Túnel Rebouças, que liga a zona sul à zona norte da cidade.

Após dois anos de prisão pelo roubo, o criminoso foi beneficiado com a progressão para regime domiciliar, mas descumpriu as regras do uso da tornozeleira eletrônica. A Seap chegou a comunicar seis vezes a situação irregular do preso à Vara de Execuções Penais, mas a decisão para que Paulo Sérgio regredisse de regime só ocorreu na noite desta terça-feira (13), após o sequestro do ônibus na rodoviária.