Uma testemunha do assassinato do congolês Moïse Kabamgabe, de 24 anos, disse à polícia que o jovem pediu aos agressores para não ser morto no quiosque na orla da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, no último dia 24.
Na tarde desta terça-feira (1º), o dono do quiosque onde o crime ocorreu prestou depoimento na 16ª DP (Barra da Tijuca), apesar de o caso ser investigado pela Divisão de Homicídios. A identidade dele não foi revelada, mas o advogado Darlan Almeida, que o representa, afirmou à imprensa que ele é um "pai de família" e que estava em casa no momento da morte.
Almeida disse, ainda, que apenas um funcionário do quiosque estava na cena do crime e que ele foi "perseguido" por Moïse. Segundo a defesa, o homem não teria acionado a polícia pois não possuía celular.
Outro advogado do proprietário declarou que o congolês não possuía envolvimento com o estabelecimento. Ele negou, também, que o quiosque possuía qualquer dívida com Moïse. Mas, segundo a família, o jovem foi morto após cobrar duas diárias de serviço.
Almeida também afirmou que seu cliente não conhece o homem que se entregou à polícia dizendo ter participado do crime nesta terça.
O quiosque teve seu funcionamento suspenso nesta terça. As secretarias municipais de Fazenda e de Ordem Pública suspenderam a licença do alvará de funcionamento dos dois estabelecimentos que funcionam no local do crime.
A Orla Rio, responsável pela concessão pública dos quiosques, também restringiu o funcionamento do local e informou que, caso o responsável seja apontado como culpado pelo caso, o contrato será rescindido e a posse do estabelecimento será retomada.
*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira