Testemunha liga irmão a sumiço de meninos em Belford Roxo
Homem procurou a Polícia Militar e afirmou que as crianças foram espancadas e mortas por ordem do tráfico
Rio de Janeiro|Victor Tozo, do R7*, com Marcus Marinho, da Record TV Rio
Um homem se apresentou à polícia nesta quarta-feira (28) e apontou o irmão como envolvido no desaparecimento de três meninos em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, em dezembro de 2020.
De acordo com a denúncia, as crianças Lucas Matheus, de 9 anos, Alexandre Silva, de 11, e Fernando Henrique, 12, foram espancadas e mortas por ordem de um traficante conhecido como Piranha na comunidade Castelar, onde os meninos foram vistos pela última vez.
A motivação seria o furto de uma gaiola de passarinho por parte das crianças. O homem que procurou a polícia disse, ainda, que o traficante teria ordenado que os corpos fossem levados pelo irmão dele para o bairro Amapá e deixados em uma ponte que faz divisa entre Belford Roxo e Duque de Caxias.
Após o relato aos policiais militares do 39º BPM (Belford Roxo), a testemunha foi encaminhada para prestar depoimento na DHBF (Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense). Em seguida, os agentes seguiram até a casa do irmão da testemunha, que também foi levado para ser ouvido na delegacia, segundo informações da Record TV Rio.
Em nota, a Polícia Civil informou que o acusado negou as declarações feitas pelo irmão.
Segundo a DHBF, as investigações continuam e buscas serão realizadas na possível área onde os corpos das crianças teriam sido levados.
Nesta terça-feira, o desaparecimento dos três meninos completou sete meses. Eles saíram de casa em direção à feira de Areia Branca, próxima à comunidade Castelar.
Imagens de câmeras de segurança das ruas divulgadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro confirmaram que os meninos seguiam para o local, mas não foram vistos desde então.
*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira