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Testemunhas acusam PM de disparo que matou homem no Rio

PM diz que agentes revidaram ataque de criminosos na Cidade de Deus. A versão de que havia confronto é negada por testemunhas

Rio de Janeiro|Do R7, com informações da Agência Estado

Testemunhas dizem que o tiro que matou um homem de 38 anos que trafegava de moto pelas imediações da Linha Amarela, via expressa que liga as zonas oeste e norte do Rio de Janeiro, na altura da Cidade de Deus, na manhã desta segunda-feira (4), foi disparado por policiais militares que faziam patrulha com um veículo blindado.

Protesto pediu paz na Cidade de Deus
Protesto pediu paz na Cidade de Deus

A Polícia Militar disse que os policiais foram atacados por criminosos e revidaram. A versão de que havia confronto é negada por testemunhas.

Marcelo Guimarães havia levado o filho para a primeira aula em uma escolinha de futebol. Ele foi baleado na avenida Edgard Werneck e morreu na hora.

Uma mulher, que trabalha em um depósito de ferro velho perto do local, testemunhou o episódio. Segundo ela, havia dois policiais militares parados ao lado de um veículo blindado.


"Eles entraram no caveirão segundos antes de o Marcelo passar de motocicleta. Eu vi o momento em que a arma saiu e o disparo foi feito. Acertou em cheio o peito do Marcelo. Ele acabou sendo atingido, mas a bala poderia ter me acertado se ele não estivesse ali", narrou a mulher à imprensa.

Depois da morte, por volta das 12h, moradores da Cidade de Deus fizeram um protesto e interditaram o trânsito na Linha Amarela, no sentido zona norte, durante alguns minutos.


Em nota, a PM afirmou que policiais do 18º Batalhão (Jacarepaguá) faziam ronda e foram atacados por criminosos. O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital.

Marcelo tinha dois filhos
Marcelo tinha dois filhos

Em nota, a Polícia Civil informou que, segundo depoimento dos policiais militares envolvidos na ação, dois agentes estavam no local com o blindado. Os criminosos dispararam contra o veículo, e um dos PMs efetuou apenas um disparo de dentro do blindado para que o colega de farda pudesse entrar.


“A perícia foi realizada no local do crime, um cartucho foi apreendido e a Polícia Civil vai analisar se o projétil confere com as armas dos PMs”, informou.

Marcelo Guimarães trabalhava em uma marmoraria, era casado e tinha dois filhos - uma jovem de 19 anos, que faz curso de técnica em enfermagem, e um menino de 5. No sábado (2), ele matriculou o filho em uma escolinha de futebol no bairro Gardênia Azul, na zona oeste, e comprou uma chuteira para a criança.

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