Turistas não vacinados não serão bem-vindos ao Rio, diz prefeito
Prefeitura do Rio anunciou que os trabalhadores da área da saúde receberão a dose de reforço a partir da próxima semana
Rio de Janeiro|Rafaela Oliveira, do R7*
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, comemorou nesta sexta-feira (1º) a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux de manter o "passaporte da vacinação". Segundo Paes, "turistas que não se vacinaram não serão bem-vindos à cidade".
O chamado "passaporte de vacinação" foi implementado no Rio de Janeiro em 15 de setembro, valendo para a entrada de público em locais como pontos turísticos, academias, cinemas, teatros e estádios. Nesta quarta-feira (29), porém, uma decisão liminar da Justiça, do desembargador Paulo Rangel, tinha derrubado a exigência de comprovação da imunização. Nesta quinta (30), a decisão de Fux restabeleceu o "passaporte".
Uma novidade é que os trabalhadores da saúde também receberão a dose de reforço, a partir da próxima semana. Para isso, pessoas acima dos 60 anos deverão ter sido vacinadas com um intervalo mínimo de três meses.
Já a partir do dia 13 de outubro, as doses serão destinadas àqueles profissionais que tomaram a segunda dose em fevereiro.
De acordo com informações da administração municipal, há a pretensão de realizar as festas de réveillon e de carnaval, além de "encher hotéis no verão". No entanto, isso será feito apenas com a comprovação da vacinação.
Eduardo Paes comparou o comprovante de vacinação à obrigatoriedade do uso de cinto de segurança. "Não entendo que seja um cerceamento à liberdade individual dessas pessoas [que não se vacinaram]", ressaltou.
O prefeito explicou também que, até a segunda quinzena de novembro, quase 100% dos cariocas adultos estarão vacinados com a segunda dose, mas que isso pode não se repetir no caso dos visitantes. "Não tem como garantir que todos os turistas estejam com o esquema vacinal completo", afirma Paes.
Dados da Covid no Rio
Com a diminuição de pacientes internados (438 pessoas, o que representa 49% de ocupação de leitos), o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, disse que a SMS vai diminuir o número de leitos destinados aos casos de coronavírus.
Segundo dados registrados até esta quinta-feira (30), o município acumula 267.308 casos em 2021. Desses, 40.919 foram graves, com 14.853 óbitos por Covid-19. A taxa atual de letalidade está em 5,6%.
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O Rio de Janeiro foi a primeira cidade a vacinar por idade e identificar eventos adversos em gestantes imunizadas com a Astrazeneca, sugerindo a suspensão da vacinação de grávidas com esse imunizante. Além disso, foi a primeira cidade a recomendar a dose de reforço para idosos com 60 anos ou mais, em junho.
A partir de hoje, a divulgação dos boletins passará a ser quinzenal. Nesta sexta, pessoas com 79 anos ou mais recebem a dose de reforço.
*Estagiária do R7, sob supervisão de Paulo Guilherme