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Vídeo mostra Jairinho fazendo boca a boca em Henry no elevador

Imagens mostram mãe e padrasto com ele a caminho do hospital; Jairinho trocou mensagens com médico sobre atestado de óbito

Rio de Janeiro|Rafaela Oliveira, do R7*, com Record TV Rio

Novas imagens mostram Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, com Monique Medeiros e Henry Borel no elevador do prédio onde moravam, na Barra da Tijuca, na madrugada do dia da morte do menino. Por volta de 4h09 de 8 de março de 2021, o médico tentou fazer respiração boca a boca em Henry, além de verificar o pulso da criança, desacordada — para a polícia, naquele momento a vítima já estava morta.

A Record TV Rio tambémobteve as mensagens trocadas entre Jairo e um executivo da área de saúde, na data do ocorrido, nas quais há diversas tentativas do padrasto de Henry de agilizar o atestado de óbito do enteado. Na conversa, a primeira mensagem enviada por Jairo foi por volta de 5h. 

Apesar da insistência do então vereador, o médico disse que o procedimento correto seria encaminhar o corpo ao Instituto Médico-Legal, já que a criança havia chegado em parada cardiorrespiratória, enrijecida. Além disso, afirmou que a análise da perícia era um desejo do pai, Leniel Borel. 

Novas imagens mostram Jairo fazendo boca a boca em Henry no elevador
Novas imagens mostram Jairo fazendo boca a boca em Henry no elevador

De acordo com laudo do IML, a causa da morte do menino de quatro anos foi uma hemorragia interna por lesão no fígado, para a qual a possibilidade de queda é negada. O documento atesta que Henry morreu entre 23h30 e 3h30, alvo de "ações contundentes" que provocaram, inclusive, lesões na cabeça, rim e pulmão.


Investigação da morte

O casal teria esperado 39 minutos para socorrer Henry. Segundo declarações do diretor da unidade de saúde, a criança já estava com o corpo enrijecido quando o atendimento foi iniciado, com diversos hematomas.

Na ocasião, Monique e Jairo disseram que haviam encontrado Henry com os olhos virados e, depois, afirmaram que ele havia caído da cama. 


Menos de um mês antes da morte do menino, no dia 12 de fevereiro, houve um episódio de violência e Henry, mancando, e foi levado a um hospital particular da mesma rede em Bangu, também na zona oeste do Rio. 

Para o delegado Henrique Damasceno, responsável pelas investigações da Polícia Civil, não resta dúvida sobre autoria do crime. Jairo responde por homicídio duplamente qualificado com emprego de tortura e sem chances de defesa da vítima.


No último dia 6 de outubro, foi realizada a primeira audiência de julgamento da morte de Henry Borel. 

O R7 procurou a defesa de Jairo, mas não obteve retorno. 

*Estagiária do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira

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