Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Vídeo: PM ameaça bater em estudante em protesto na Maré

Nas imagens, é possível ver o agente correndo atrás da aluna com um pedaço de madeira; corporação informou que abriu procedimento para apurar o fato

Rio de Janeiro|Juliana Valente, do R7*

Policial militar ameaça agredir estudante em ato
Policial militar ameaça agredir estudante em ato

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que um policial militar ameaça agredir uma estudante com um pedaço de madeira. Nele, é possível ver o agente correndo em direção a menina e tentando acertar sua perna. As imagens foram gravadas durante uma manifestação, nesta quinta-feira (21), contra a morte de Marcus Vinícius da Silva, de 14 anos.

O jovem foi baleado durante uma operação da Polícia Civil no Complexo da Maré, na zona norte do Rio, na última quarta (20).

Marcus foi atingido no abdómen quando estava a caminho da escola. No ato, os estudantes vestiram uniformes escolares com manchas que simulavam sangue. Ele chegou a ser encaminhado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. 

Em nota, a Polícia Militar informou que abriu um procedimento para apurar as circunstâncias do fato.


A noite da última quarta também foi marcada por manifestações. Em protesto a morte do estudante, moradores da Maré fecharam os dois sentidos das linhas Vermelha e Amarela, na altura da comunidade. 

Enterro


Sob forte comoção, o corpo do estudante foi velado no Palácio da Cidade, em Botafogo, na tarde desta quarta. O enterro está marcado para as 17h30 no cemitério São João Batista. 

Defensoria


Após a morte de Marcus e de seis suspeitos, a Defensoria Pública do Rio de Janeiro entrou na Justiça com um pedido de liminar para pedir a proibição do uso de aeronaves para efetuar disparos durante operações em favelas ou lugares povoados. Para o defensor público Daniel Lozoya, o uso de helicópteros em ações policiais gera um terror psicológico nos moradores e causa uma interrupção das atividades na comunidade e prejuízos materiais.

No documento, a Defensoria argumenta ainda que a utilização de aeronaves para efetuar disparos de arma de fogo próximo a escolas, residências e aglomeração de pessoas revela “atuação discriminatória do Estado”. Na petição, Lozoya afirmou que "esse tipo de operação policial é o total desprezo pela vida e demais direitos dos moradores de favela".

Em nota, a Polícia Civil informou que "a utilização de helicóptero em operações, como ocorridas na quarta-feira, se dá para a garantia da segurança de toda a população. Não há qualquer registro de que alguém tenha sido atingido por tiros da aeronave empregada na operação da Maré".

Assista ao vídeo:

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.