Witzel: Tribunal rejeita pedido para retomar contagem de prazo
Decisão foi tomada após o STF suspender o interrogatório do governador afastado do Rio até que defesa acesse documentos
Rio de Janeiro|Da Agência Brasil
O TEM (Tribunal Especial Misto) rejeitou, nesta quarta-feira (13), o pedido apresentado pela defesa de Wilson Witzel para que voltasse a ser contado o prazo de 180 dias do processo de impeachment.
O prazo foi suspenso por decisão do presidente do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) e do TEM, desembargador Cláudio Mello Tavares, após o interrogatório de Witzel ter sido suspenso por decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, determinando ainda que o governador afastado seja ouvido depois da defesa ter acesso a todos os documentos remetidos pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) com a delação de Edmar Santos e o depoimento do ex-secretário.
Agora, o TEM depende do recebimento da denúncia pelo STJ para que caia o sigilo sobre a delação de Edmar Santos e ele possa voltar a depor e falar sobre o conteúdo da delação.
Na mesma sessão, o empresário Edson Torres disse, em depoimento, que pagou R$ 980 mil a Wilson Witzel antes de começar a campanha para o governo do Estado do Rio de Janeiro, em 2018, para garantir a subsistência do ex-governador caso não fosse eleito.
Ainda no depoimento, Torres disse que pagou propinas ao ex-secretário de Estado de Saúde do Rio, Edmar Santos, e que não sabia o destino que ele dava ao dinheiro. Torres contou que conhece Edmar desde que ele era diretor do Hospital Universitário Pedro Ernesto. Nessa época, segundo o empresário, já pagava propinas ao então diretor.
Witzel negou ter recebido "qualquer valor indevido de quem quer que seja, antes ou depois de eleito."