A Cor do Som volta com formação original e show com clima de "esquenta" para novo álbum

O grupo A Cor do Som, sucesso na década de 1970 e 1980, se reúne novamente com a formação original para um show em São Paulo com clima de esquenta para a gravação de um novo disco, que será lançado em 2017, para marcar o aniversário de 40 anos da banda.

Antes disso, os integrantes decidiram cair na estrada e resgatar grandes hits da banda, como Abri a Porta e Frutificar. E a retomada do fôlego vem acompanhada de um movimento de resgate da identidade brasileira: a presença de um público mais jovem.

A música nacional tem ganhado cada vez mais espaço na noite paulistana e clássicos da banda embalam jovens hipsters e modernos em casas noturnas e festas itinerantes. Não é difícil se aventurar em uma dessas noitadas e dançar ao som ritmado e abrasileirado de Zanzibar e Beleza Pura, na voz de Caetano Veloso.

O percussionista Ary Dias conversou com o R7 e falou sobre essa onda de valorização da música nacional das décadas passadas, chamando a iniciativa de "maravilhosa".

— É incrível toda essa galera, como 14 Bis e A Cor do Som, por exemplo, voltar a ter espaço. O brasileiro se esquece rápido daquilo que não está na mídia. As coisas novas têm que estar presente, mas é bom mostrar o que aconteceu, que faz parte da história da música nacional.

O músico relembra um show que a banda fez em Porto Alegre e que a presença de uma “garotada” chamou a atenção dos integrantes.

— Nossos fãs já têm uma certa idade e percebemos que os filhos deles começaram a ouvir nosso som. Eles têm o interesse de saber quem são esses caras que estão aí. Temos um som muito forte instrumental, que conseguimos propagar com a ajuda de vocais como Caetano Veloso e Gilberto Gil, mas essa garotada tem interesse na nossa música que, apesar de instrumental, é bem popular e não cabeção.

A mistura de ritmos, marcada pela influência heterogênea dos integrantes, que traz samba, choro, rock e baião, combina muito bem com o nome da banda, sugerido amigavelmente por Caetano Veloso.

Ary conta que a banda iria se apresentar em um festival de chorinho em SP, mas ainda não tinham um nome oficial. O guitarrista e baixista Dadi tinha feito parte dos Novos Baianos, que acabava praticamente de acabar, e tinham uma música chamada “A Cor do Som”. Nessa sinergia musical, Caetano sugeriu que esse fosse o nome do grupo.

— O Dadi é muito amigo do Caetano e acatou a ideia. Foi então que pediu permissão para caras como o Pepeu Gomes e Morais Moreira, que concordaram. Assim nasceu A Cor do Som.

Serviço

A Cor do Som

Data: 22 de junho 

Horário: às 21h

Local: Teatro Bradesco

Preço: de R$ 80 a R$ 150

Endereço: rua Palestra Itália, 500 / 3º piso – Bourbon Shopping São Paulo

Site: www.teatrobradesco.com.br