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Acusada por atropelar Vitor Gurman em 2011 é denunciada pelo Ministério Público

Gabriella Guerrero Pereira dirigia Land Rover que matou administrador na zona oeste

São Paulo|Thiago de Araújo, do R7

Gabriella Guerrero e Vitor Gurman: caminhos de acusada de atropelamento e vítima se cruzaram há dois anos
Gabriella Guerrero e Vitor Gurman: caminhos de acusada de atropelamento e vítima se cruzaram há dois anos Gabriella Guerrero e Vitor Gurman: caminhos de acusada de atropelamento e vítima se cruzaram há dois anos

A nutricionista Gabriella Guerrero Pereira foi denunciada na tarde desta terça-feira (22) pelo Ministério Público pela morte do administrador Vitor Gurman, de 24 anos, atropelado por um jeep Land Rover conduzido por ela em 2011, na zona oeste de São Paulo. A informação foi confirmada ao R7 pelo promotor do caso, Rogério Leão Zagallo. Se aceita a denúncia, Gabriella será ré no caso depois de 27 meses, o que corresponde há mais de dois anos desde o atropelamento.

Conforme o R7 adiantou no início do mês, a denúncia contra Gabriella estava para ser feita e só não ocorreu na semana passada em razão do afastamento da Mildred Assis Gonzales. Assim, o caso que está nas mãos da 5ª Vara do Júri foi repassado a Zagallo, que precisou de mais alguns dias para redigir toda a denúncia e apresentá-la, sob a acusação de homicídio qualificado com dolo eventual (quando o acusado assume o risco de matar). A pena pode variar entre oito e 30 anos de prisão.

Para o promotor do caso, a nutricionista foi mais do que imprudente no dia que teve começo em uma festa na região de Pinheiros, na zona oeste da capital, e terminou de maneira trágica por volta das 4h do dia 23 de julho de 2011, quando o Land Rover em alta velocidade, conduzido por Gabriella, subiu na calçada e atropelou Vitor Gurman.

— Ao assumir a direção de um veículo que ela não estava acostumada, alcoolizada e em velocidade superior à permitida, ela fez mais do que ser imprudente. Ela assumiu o risco de causar um acidente e isso caracteriza o dolo eventual. Dolo não é só vontade de matar, de produzir o crime, este é o dolo direto, mas também é assumir o risco de produzir o resultado. É evidente que ela não queria matar, mas teve condutas que, somadas, levaram ao que a lei interpreta como dolo.

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A denúncia agora deverá ser analisada pela juíza Eliana Cassales Tosi de Mello, que decidirá se aceita ou não. A Promotoria não tem dúvidas de que a acusação será aceita nos próximos dias, dando início aos trâmites para que o caso venha a ser julgado, muito embora o promotor do caso e a própria família Gurman já tenham dito que a perspectiva é que leve anos até que Gabriella chegue ao Tribunal do Júri do Fórum da Barra Funda para ser julgada.

— Infelizmente essa demora é uma realidade que temos no País, com uma polícia científica sucateada e com muitas precariedades.

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O tio de Vitor, Nilton Gurman, recebeu a notícia em primeira mão através da reportagem do R7 e se mostrou satisfeito com o fato da denúncia finalmente ter sido feita, mas voltou a lamentar o trâmite lento e burocrático que o caso vem tendo.

— A gente acha que demorou muito, a angustia é muito grande e ainda vão se passar muitos anos até que ela (Gabriella) seja julgada, condenada e pague pelo crime que cometeu. Mas estamos confiante que a Justiça será feita.

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A reportagem procurou o advogado José Luis de Oliveira Lima, que representa Gabriella no caso, mas ele não atendeu às ligações. Anteriormente, o defensor havia refutado qualquer alegação que pudesse indicar intenção da sua cliente em matar o administrador naquela madrugada.

— A tragédia atingiu duas famílias. Ela (Gabriella) não se recompôs do acidente. Ela voltou a trabalhar, mas ainda se recupera. Ela jamais teve intenção de matar alguém, pelo contrário, não permitiu que o namorado que estava embriagado dirigisse o carro.

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