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Adesão a bônus pode evitar rodízio em SP, diz Alckmin

Programa de desconto foi ampliado no último dia 1º para mais 17 milhões de pessoas

São Paulo|Do R7

O governo paulista aposta na adesão ao programa de bônus pelo consumidor da região metropolitana de São Paulo para evitar ou adiar a adoção do racionamento de água na região. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse nesta sexta-feira (11), em Cabreúva, que a ampliação do bônus para 31 cidades, incluindo toda a capital, significará uma redução importante no uso da água dos sistemas que abastecem a região.

— A questão do rodízio não pode ser descartada, mas acreditamos que o bônus vai ajudar a manter o abastecimento.

Nesta sexta-feira, o Sistema Cantareira, que abastece 14,3 milhões de pessoas, manteve sua curva descendente, baixando para 12,2%. De acordo com Alckmin, os outros sistemas que também abastecem a região metropolitana estão com mais água. O programa, que oferece um desconto adicional de 30% na conta de água para quem reduz o consumo em pelo menos 20%, foi ampliado no último dia 1º para mais 17 milhões de pessoas, segundo ele.

— A adesão chega a quase 80% e, à medida que cai o consumo pelo uso racional da água, é possível que os outros sistemas, como o Guarapiranga, o Rio Grande, o Alto Cotia e outros, abasteçam mais gente. Com isso podemos fazer uma retirada menor do Cantareira.


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De acordo com Alckmin, na fase inicial, 76% dos consumidores reduziram o uso de água, sendo que 37% atingiram a meta para obter a bonificação. Perguntado sobre a possibilidade de extensão do bônus a outras regiões do Estado, o governador disse que isso é possível nas áreas abastecidas pela Sabesp, mas que, por ora, o programa vai se restringir à região metropolitana de São Paulo.


— Na região de Campinas, onde a situação do abastecimento é crítica, os serviços de água são administrados pelos municípios, então a decisão deve ser das prefeituras.

O governador comentou a proliferação de algas na Represa de Guarapiranga, mostrada pelo Estado, mas disse que o problema não vai afetar o uso das águas da represa para abastecimento. Para especialistas, a formação pode afetar a produção de água potável por exigir mais tempo para o tratamento.


Alckmin minimizou o problema e afirmou que a Sabesp tem tecnologia para produzir "as melhores águas potáveis do mundo". Ele disse que a Represa de Guarapiranga é uma das que estão sendo utilizadas para cobrir áreas abastecidas pelo Sistema Cantareira.

Em entrevista, Alckmin desmentiu nota divulgada na quinta-feira pelo PT paulista de que a obra do Sistema São Lourenço, iniciada "com estardalhaço" pelo governador, não conta com licença de instalação da Cetesb. O sistema, previsto para operar em 2018, vai captar 4,7 metros cúbicos de água por segundo no Vale do Ribeira para abastecer parte da Grande São Paulo.

— A obra tem projeto executivo, outorga, licenciamento e ordem de serviço.

A Cetesb informou que a licença de instalação do empreendimento foi emitida no dia 9 de abril e contempla medidas condicionantes e compensatórias, incluindo compensação florestal por áreas de mata que serão suprimidas.

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