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Além de Samu, PM cancelou pedido por bombeiros no baile funk

Policiais que participaram da ação também cancelaram o pedido por viaturas da ambulância no local, durante a tragédia que matou 9

São Paulo|Do R7

Movimentação no 89º DP no Morumbi onde o caso foi registrado
Movimentação no 89º DP no Morumbi onde o caso foi registrado

A polícia também negou o pedido de socorro ao Corpo de Bombeiros feito durante o tumulto no baile funk, em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, que matou nove pessoas de 14 a 23 anos, na madrugada de domingo (1). Nesta terça-feira, já havia sido confirmado que um soldado do corpo de Bombeiros tinha cancelado o atendimento de uma viatura do Samu para uma jovem que disse ter sido agredida. As informações são da Record TV.

Na ocasião, após uma ação da Polícia Militar, as nove morrreram pisoteadas em tumulto, após uma ação policial que entrou no baile depois que dois homens em uma moto efetuaram disparos de arma de fogo contra agentes. No momento da tragédia, a polícia descartou o socorro, alegando não haver a necessidade de reforços para o atendimento do Samu e do Corpo de Bombeiros. 

A Polícia Militar afirmou que "o Corpo de Bombeiros foi ao local solicitado, mas não conseguiu acesso às vítimas pois foi hostilizado". Além disso, informou que a Corregedoria da PM "instaurou inquérito e apura todas as circunstâncias do fato".

Imagens mostraram PM na Dz7


Imagens de câmeras de segurança da comunidade mostraram a chegada da Polícia Militar, que ficou responsável pelo atendimento dos mortos e feridos no local.

No vídeo, motociclistas que estavam no local mudam de rota ao se depararem com cinco motos da PM. Instantes depois, em um intervalo de cerca de seis minutos, duas viaturas passam em alta velocidade pela mesma rua, o que dispersa as pessoas presentes no local e as fazem correr para outras direçõe


O caso

Somente dois dos nove jovens que morreram na tragédia tiveram a causa de suas mortes reveladas. A versão do pisoteamento é contestada por familiares de algumas vítimas. Também na última terça-feira (4), duas delas tiveram o laudo revelado, que indicou a morte por asfixia.


O caso é investigado em um inquérito da polícia e também pela Corregedoria da corporação, que apura possíveis irregularidades em ações policiais.

O Governo do Estado de São Paulo afirma que não mudará as diretrizes das ações da Polícia Militar em bailes funk como no domingo em Paraisópolis. Os agentes envolvidos na ação foram afastados das funções nas ruas. 

Nesta terça-feira (2), o MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo), por meio de Gianpaolo Smanio, seu procurador-geral de Justiça, falou em homicídios, mas não responsabilizou a Polícia Militar.

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