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Ambulante agredido por seguranças de trem vai processar CPTM

Empresa nega agressão e afirma que, na verdade, um grupo de ambulantes atacou seguranças. Caso é investigado pelo 1º DP de Itapevi 

São Paulo|Gabriel Croquer*, do R7

Ambulante com marcas de agressão que teriam sido causados
por seguranças
Ambulante com marcas de agressão que teriam sido causados por seguranças

O ambulante Klebson de Lima Oliveira vai entrar com ação judicial contra a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) após ter sofrido agressões, segundo ele, por seguranças da empresa em frente à estação Itapevi, Grande São Paulo, na última quinta-feira (25). A CPTM nega as agressões.

Leia mais: CPTM é condenada a pagar R$ 3 mil por agressão de seguranças

Klebson contou que, naquele dia, estava vendendo máscaras na Avenida Feres Nacif Chaluppe, em frente à estação, quando viu um vigilante, que pediu apoio de colegas. Ele relatou que, assim que chegaram, os guardas o agrediram com cassetetes.

Duas testemunhas que estavam no local presenciaram a ação e confirmaram o relato da vítima na delegacia. Em vídeo ao qual a Record TV teve acesso, é possível ver as marcas de cassetetes pelo corpo do vendedor, que, nas imagens, conta sobre a ação dos seguranças.


A CPTM afirmou que, no ocorrido, um grupo de sete ambulantes tentou agredir dois vigilantes da corporação. Segundo a corporação, os ambulantes tentavam ocupar a passarela da Estação Itapevi (Linha 8-Diamante), quando reagiram a abordagem dos seguranças.

"Isso é mentira. Não tinha sete ambulantes, eles mentiram. Eles têm que falar a verdade, o que aconteceu. Só tinha eu e mais duas moças vendendo, só", disse Klebson, que ainda negou que briga tenha ocorrido por alguma disputa na passarela da estação. 


O ambulante busca imagens das câmeras de segurança da região para provar sua versão. Junto com outros vendedores, Klebson vai organizar um protesto em frente à estação nesta quinta-feira (2), às 15h. 

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De acordo com a versão da CPTM, dois ambulantes foram conduzidos ao 1º DP de Itapevi depois da confusão, onde foi registrado Boletim de Ocorrência contra eles. Klebson de Oliveira reclamou por ainda não ter sido ouvido pela investigação. "Nós não demos depoimento, só a CPTM que deu", relatou.


Procurada pelo R7, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) rebateu a afirmação de Klebson, afirmando que a delegacia colheu depoimento de todas as partes, inclusive de testemunhas, durante a elaboração do boletim de ocorrêcia. "Foi solicitado exame de corpo de delito aos envolvidos e prestadas as orientações sobre o prazo de seis meses para representarem criminalmente, o que não ocorreu até o momento", afirmou a nota.

"Serão apresentadas duas ações, uma na esfera criminal, por lesão corporal, e outra na esfera cível. Meu cliente sofreu muito, foi um trauma muito grande", disse o advogado Willian Borges. Ele também pontuou que ainda estuda o valor da indenização a ser pedida.

A CPTM não comenta ações judiciais, e manteve a versão apresentada no dia em que a confusão ocorreu.

A matéria informava erroneamente que Klebson registrou boletim de ocorrência contra a CPTM, a informação foi corrigida. 

*Com informações de Laura Lourenço, da Agência Record

*Estagiário do R7, sob supervisão de Ana Vinhas

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