Amigos são mortos por GCM após discussão em jogo do Corinthians na Grande São Paulo
Jader Adão, de 35 anos, e Wellington Rodrigues, de 34 anos, foram baleados em festa em Cajamar e não resistiram. Agente fugiu
São Paulo|Edilson Muniz, da Agência Record
Jader Adão, de 35 anos, e Wellington Rodrigues, de 34 anos, morreram após serem baleados durante uma briga com um GCM (Guarda Civil Municipal) durante uma confraternização em Cajamar, região metropolitana de São Paulo, na noite desta terça-feira (2).
O crime aconteceu na rua Silvério Augusto Tavares, uma travessa da avenida Tenente Marques, na Vila Granipavi.
De acordo com a Record TV, as vítimas e o suspeito estavam entre amigos para assistir a partida entre Corinthians e Flamengo pela Copa Libertadores da América, quando começou uma discussão entre os envolvidos.
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Em determinado momento, o guarda sacou a arma e atirou contra os dois homens. As vítimas não resistiram aos ferimentos e morreram no local.
Boletim de ocorrência
Segundo informações do boletim de ocorrência, a confraternização ocorria na casa de Alexandre Miranda, também GCM, que convidou outros guardas e amigos. O terreno é extenso, onde há uma residência e área externa.
O suspeito de 44 anos chegou ao local por volta das 16h. Já as vítimas chegaram às 21h. Neste horário, parte dos amigos de Miranda já tinham ido embora.
Ainda de acordo com o depoimento das testemunhas, por volta de 21h30, Miranda e outro GCM entraram para pegar mais cervejas quando ouviram os disparos.
O dono da casa acreditou que era uma brincadeira mas, quando saiu, presenciou os homens caídos no chão e o atirador fugindo na motocicleta, uma Yamaha XTZ 125.
Segundo o boletim, as vítimas foram atingidas por dois disparos na região da cabeça.
Até o momento, não há mais detalhes sobre a motivação do crime. Wellington, conhecido como Tom, era convidado de Miranda. Jader não era conhecido das testemunhas e foi ao local acompanhado de Tom.
Dois celulares e um GM Vectra Sedan Elite, de Wellington, foram apreendidos no local, além de dois estojos deflagrados de calibre .9mm do suspeito.
Fuga
Até o momento, o agente não foi localizado. Equipes da perícia técnica e o delegado responsável ouviram testemunhas que estavam na festa no momento dos tiros.
Ainda segundo informações do repórter Rafael Ferraz, no local do crime haveria um chá revelação no sábado (6). Antes dos tiros, o ambiente era de festa com galinhada para os convidados.
O caso é apresentado na Delegacia de Cajamar.
Prefeitura de Cajamar
Em nota, a Prefeitura de Cajamar lamentou o ocorrido e disse que "a administração municipal não compactua com qualquer tipo de delito e repudia qualquer tipo de crime". A Polícia Civil está averiguando o caso e irá colaborar com as investigações.
A administração informou também que o guarda suspeito está de licença Premium, portanto não estava no exercício da função e a arma utilizada era particular. A Corregedoria da Guarda Civil Municipal acompanha o caso, "que será rigorosamente investigado".
Após o ocorrido, compareceram no local o secretário de Segurança e Defesa Social, Edmilson Padovani, o comandante Cássio, o subcomandante Ederson e o corregedor Carrion para acompanhar a perícia realizada.