Apagão em SP: federação de bares e restaurantes pede mais tempo para pagar impostos
Desde a sexta-feira (11), a capital e a região metropolitana do estado convivem com a falta de energia elétrica
São Paulo|Rute Moraes, do R7, em Brasília
Em representação enviada à Casa Civil do governo de São Paulo, a Fhoresp (Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo) pediu ao governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), um tempo maior para pagar os impostos estaduais de 250 mil estabelecimentos do setor. O motivo é o apagão que atinge regiões de São Paulo há seis dias.
Desde a sexta-feira (11), a capital e a região metropolitana convivem com a falta de energia elétrica. A federação — que engloba mais de 20 sindicatos, representando 502 mil estabelecimentos — alega que a prorrogação do pagamento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) deve durar um “prazo razoável e suficiente”.
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“Diante deste cenário, solicitamos, respeitosamente, especial atenção para a possibilidade de conceder diferimento dos impostos estaduais devidos por bares, restaurantes e estabelecimentos de hospedagem, como uma medida emergencial para mitigar os efeitos adversos que recaem sobre o nosso segmento”, pediu a Fhoresp no documento.
Conforme a federação, o prazo maior para quitar os impostos é “crucial” para garantir a “sobrevivência” dos estabelecimentos e a manutenção de milhares de empregos.
“Nosso setor é composto por cerca de 97% de micro e pequenos empresários e essas empresas não têm “lucro” que possa remediar os danos”, informou. “A maioria deles tem apenas um pró-labore retirado dia a dia para a sua própria subsistência e de sua família”, continuou.
A federação informou que, apesar de a Enel anunciar o fim do apagão nas regiões, existem ainda 36 mil imóveis sem luz.
Apagão atingiu 3,1 milhões de pessoas
Desde a sexta-feira 11, 3,1 milhões de pessoas ficaram sem energia elétrica em SP. Conforme a Fhoresp, do total, 250 mil estabelecimentos do setor de hospedagem e alimentação foram atingidos. Nesse sentido, o prejuízo teria ficado em torno de R$ 150 milhões, apenas nos primeiros dias do apagão, de acordo com a federação.