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Após atacar pedreiros com gás de pimenta, homem oferece R$ 6 mil  

Morador de prédio nos Jardins foi preso em agosto do ano passado. Operários vítimas do ataque não aceitam indenização proposta

São Paulo|Guilherme Padin, do R7

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Wilson foi preso após atacar os trabalhadores, mas está em liberdade
Wilson foi preso após atacar os trabalhadores, mas está em liberdade

O morador de um prédio nos Jardins, na zona sul de São Paulo (SP), que atacou pedreiros com gás de pimenta e foi preso em agosto do ano passado, quer oferecer uma indenização de R$ 6 mil a cada uma das vítimas. Diante das consequências do ataque, os operários não aceitam o valor.

Uma das vítimas entre os trabalhadores, Paulo César relatou ao R7 que ele e os colegas estão decididos sobre a recusa. “Foi pelas palavras dele: falou que esperava que a gente aceitasse qualquer valor porque somos operários. Pelos danos que ele causou e pela possibilidade de um homicídio, vamos aceitar os R$ 6 mil? Claro que não”, afirmou Paulo.


Ele conta que, antes do ataque, os funcionários já haviam sido ameaçados mais de uma vez por Wilson Moreira da Costa Júnior, o morador do prédio. Após o ataque, o operário desenvolveu alergia e teve de tratá-la nos últimos meses, mas pelos valores e falta de condições financeiras, relata que parou com os tratamentos.

O advogado dos trabalhadores, João Piccinato, diz que, na proposta dos R$ 6 mil, Wilson e seu representante alegaram que o gás não era letal e nem apresentava um dano à vida, havendo somente um aborrecimento no ataque. 


Uma reportagem feita à época indicou que, além do gás de pimenta usado no ataque, foram encontrados no apartamento de Wilson recipientes de clorobenzina, substância química usada para fazer inseticidas.

O pedido inicial das vítimas era de R$ 38 mil para cada um – os três operários e uma funcionária do prédio –, mas não foi acatado.


“Não concordamos com o acordo que apresentaram: foi comprovado com laudos que poderia ser letal na quantidade usada, e não concordamos com esse valor. Não apresentamos contraproposta porque os próprios operários estão bem abalados e não querem uma composição amigável, mas uma condenação por parte do réu”, explica Piccinato.

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A reportagem enviou uma mensagem para Wilson Moreira, o réu, pedindo uma posição a respeito dos fatos, e também procurou seu representante por telefone. Até o momento, não houve resposta. O espaço está aberto para que enviem suas versões do caso.

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